Salve galera.

De 2010 até 2017 nós tínhamos uma parceria com o Bragantino, que nos rendeu ótimos jogadores como Felipe, Paulinho, Romarinho, Douglas (um excelente goleiro que praticamente demos para o Bahia) e alocávamos jogadores da base que de fato tinham algum potencial, mas não estavam prontos ainda.

Ao invés de manter uma estrutura de sub-23, onde se juntar tudo dificilmente teríamos 2 ou 3 jogadores com potencial para compor o time principal, acredito que o melhor caminho seria uma parceria nos moldes dessa que existia com o Bragantino, por alguns motivos:

1 - Cobrança

Em 2015 quase metade do time do Bragantino veio da base do Corinthians, o Osmar Loss, a época técnico do time campeão da Copinha, era o treinador. E muito diferente do que vemos no Sub-23 do Corinthians, a cobrança por consistência tática e resultados eram constantes, até que a ausência de ambos culminou na demissão do Osmar Loss no comando da equipe. Isso acontece porque, por mais que todo clube tenha seus esquemas, se não tiver resultado o dirigente vai ser cobrado, algo que aqui não vai acontecer justamente porque a categoria Sub-23 nunca vai ser a prioridade.

2 - Ganhos reais de experiência em campo

O Bragantino disputava o Campeonato paulista, Copa do Brasil e a Série B; o Sub-23 do Corinthians disputa o Campeonato Brasileiro de Aspirantes (tenho medo de imaginar o nível disso) e a Copa Paulista que a FPF mantém só para os clubes não ficarem de férias até o próximo Campeonato Paulista, são competições de nível técnico muito baixo, que nunca servirão de parâmetro para avaliar o real potencial dos atletas.

3 - Visibilidade

Além das competições no modelo antigo serem tecnicamente muito superiores, existe visibilidade, os jogos são transmitidos pela TV, sempre há um clube grande disputando a Série B o que aumenta ainda mais a repercussão das partidas e quem se destaca passa a ser observado por equipes do Brasil e do exterior. Não se faz futebol só com craques, se conseguirmos vender alguns jogadores que hoje dispensamos após pagar salário durante anos, além de eliminar essa despesa vamos aumentar a receita.

Não vou ser ingênuo a ponto de acreditar que todos os problemas vão acabar com a adoção desse modelo, mas em relação ao que é feito hoje as vantagens são evidentes.