Andrés Sanchez desembarcará na manhã desta terça-feira em São Paulo depois de passar dois dias nos Emirados Árabes. E é grande a chance de o ex-presidente do Corinthians anunciar nas próximas horas a venda do nome do estádio de abertura da Copa do Mundo.

&Ldquo;Houve uma primeira reunião no domingo e hoje (ontem) as partes já estavam analisando as minutas do contrato”, revela André Negão, braço direito de Andrés no Corinthians, confirmando o avanço nas tratativas.

Foi o quarto encontro do ex-mandatário com a cúpula da Abu Dhabi Investment Authority, terceiro fundo mais rico do planeta, com atuação no ramo petrolífero, ações em bancos e empresas de telefonia, além das companhias aéreas Emirates e Etihad.

Antes de embarcar, Andrés tinha em mãos uma oferta de R$ 558 milhões por 20 anos. Esse valor, porém, teria um desconto de 12% da comissão e passaria para R$ 491 milhões, ou seja, R$ 24,5 milhões por ano ao Timão. A ideia era que o estádio passasse a se chamar Arena Fly Emirates logo após a Copa.

Você deve estar se perguntando como o Corinthians pode estar próximo de um acordo de R$ 491 milhões, se passou meses tentando vendê-lo, sem sucesso, por R$ 400 milhões. É que o novo acordo envolve outras propriedades, mantidas em sigilo. Elas podem ser patrocínio, utilização de camarotes, exploração de áreas diversas do estádio…

Somente dois dos 12 estádios brasileiros que serão usados ao longo da Copa do Mundo venderam seus nomes: os de Recife e Salvador, ambos para a Itaipava, por R$ 10 milhões anuais, cada.

Para Amir Somoggi, especialista em marketing esportivo, o fracasso na negociação dos naming rights se explica: “Faltam projetos sólidos, e a conjuntura do mercado brasileiro é ruim”.

Até o momento, o Palmeiras é dono da melhor venda de nome no país. Em parceria com a WTorre, embolsa R$ 15 milhões por ano com a Allianz por sua arena, que se chamará Allianz Parque.

Fonte: IG