‘Europeus’ do Timão sofrem com cansaço
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O torcedor corintiano pode ter estranhado quando o peruano Guerrero colocou a culpa por seu jejum de oito jogos sem gols na maratona de partidas. Mas o atacante tem certa dose de razão. Basta comparar o quanto se joga na Europa e aqui no Brasil.
“Ah, mas o Barcelona também joga às quartas e aos domingo e não reclama”, costumam dizer os torcedores. Mas a história não é bem assim.
Na última temporada — no Velho Continente, foi de agosto de 2012 a maio deste ano — , fora o Campeonato Espanhol, o Barça chegou à semifinal da Liga dos Campeões e da Copa do Rei. Ainda disputou a Supercopa da Espanha. Fez 60 jogos.
Finalistas da Liga dos Campeões, Bayern de Munique e Borussia Dortmund entraram em campo 54 e 52 vezes, respectivamente.
Achou isso muita coisa? Então, compare com o Brasil. No ano passado, o Corinthians entrou em campo 74 vezes, contando Paulistão, Libertadores, Brasileiro e Mundial. Neste ano, sem o Mundial e caindo antes na Libertadores, mas com Copa do Brasil e Recopa pela frente, pode chegar a 79 partidas.
“Todos os atletas que jogaram no futebol europeu e chegam ao Brasil sentem a diferença. Não há dúvida com relação a isso. Tanto que vários vêm para cá e voltam para lá. A quantidade de jogos aqui é muito grande”, diz o preparador físico Fábio Mahseredjian. “Entendo que aqui, para se ganhar um dinheiro melhor, tem de jogar mais. Nem critico, mas temos de nos adaptar a isso. Na Alemanha, o Guerrero não fazia mais de 50 partidas ao ano. É realmente fadigante jogar quarta e domingo”, emendou.
Desta forma, não é absurdo pensar que Guerrero, realmente, esteja cansado.
Fonte: Dário de São Paulo