Após abertura da Copa, Corinthians garante R$ 400 milhões em CIDs
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Por Meu Timão
A conta é grande: 1,1 bilhão de reais. Para pagar seu estádio, o Corinthians utilizou o que era possível em financiamentos, sem juros abusivos, e em instituições viáveis. R$ 750 milhões do montante saíram em empréstimos do BNDES (um de R$ 400 mi e outro de R$ 350 mi). Complementando o valor, CIDs emitidos pela Prefeitura de São Paulo, totalizariam mais R$ 400 mi.
O modelo se baseia na possibilidade dos contribuintes do ISS ou do IPTU de uma determinada área – oficialmente delimitada – anteciparem os recursos para o pagamento dos tributos através da compra desses certificados, com deságio correspondente ao valor presente, descontados a uma determinada taxa de juros. Essa taxa será definida pelo mercado.
Ou seja: empresas compram esses títulos, pagos com um deságio de 10%, para viabilizar o desenvolvimento de Itaquera. O estádio, que agora abriu a Copa do Mundo - algo que era condicional - certamente trará ao bairro e arredores melhorias e desenvolvimento.
Parece grego, mas na prática o Corinthians recebeu papel, não grana. Agora, precisa comercializar os títulos para reverter em dinheiro.
Com o deságio, os R$ 400 mi devem se transformar em pouco mais de R$ 350 milhões. Para pagar a conta total do estádio, o Corinthians está perto de acertar a venda do naming rights para a companhia área Emirates, dos Emirados Árabes.