Dois pesos, duas medidas: tem sido essa a política da arbitragem quando o assunto é Corinthians. Após sofrer com duas expulsões controversas no jogo da Libertadores, o Timão parece estar mesmo na mira da arbitragem: no clássico contra o Palmeiras, mais uma expulsão absurda.

Na ocasião, Guerrero - depois de apanhar durante todo o jogo - acertou o jogador adversário na dividida, e levou o vermelho direto ainda no primeiro tempo. Pouco depois, Fábio Santos que chegou até mesmo a ser mordido em campo pelo jogador do Once Caldas, foi expulso após lance imprudente. Vale lembrar que nenhum dos jogadores do time colombiano foram advertidos.

Dessa vez, no clássico contra o Palmeiras sobrou para o goleiro Cássio. Com o placar de 1x0 para o Corinthians, o jogador foi advertido aos 7 minutos da segunda etapa - o árbitro não gostou do tempo que Cássio levou para amarrar as chuteiras, e aplicou o amarelo.

Cerca de 3 minutos depois, Raphael Claus - o mesmo árbitro da polêmica "trombada" de Petros - resolveu aplicar o segundo cartão. Enquanto Cássio ia buscar a bola para fazer a reposição, um dos gandulas lançou a bola, sem que o goleiro tivesse visto. A atitude foi vista como provocativa pelo árbitro, que expulsou o goleiro do Corinthians.

Visando ser promovido ao quadro da FIFA, Claus só repetiu uma tendência que vem se fortalecendo - com a visibilidade, muitos dos árbitros procuram punições exemplares para o Corinthians. Sem padrões na aplicação das penas, o Timão fica de mãos atadas uma vez que as entidades esportivas dão completa autonomia aos árbitros.

As situações são tão absurdas, que chegam a parecer piada. No último jogo do Paulista, por exemplo, o árbitro Douglas Marques da Flores relatou "problemas com o ar condicionado" da Arena Corinthians na súmula da partida.