Um grupo de torcedores do Timão sofreu uma emboscada na noite da última segunda-feira, após a partida do clube contra o Cruzeiro, no estádio do Pacaembu. Cerca de 20 homens surpreenderam corinthianos nas imediações da estação Marechal Deodoro, da Linha 3-Vermelha. Ao menos duas pessoas acabaram feridas. A informação foi antecipada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo Meu Timão.

O incidente ocorreu por volta das 23h50, quase uma hora depois do término do jogo, quando corinthianos caminhavam em direção à estação do Metrô. Uma câmera de segurança flagrou o exato momento em que o grupo, surpreendido com a ação dos homens trajados de camisas brancas, muda o percurso às pressas. Um torcedor alvinegro não conseguiu fugir e foi espancado com pauladas na cabeça.

“Estávamos voltando para casa, eram várias famílias indo embora com a gente, tinham várias mulheres, várias crianças. Quando, do nada, saíram de uma esquina vários torcedores com uma camiseta branca e barras de ferro na mão”, conta o corinthiano, que prefere não ser identificado, ao Meu Timão.

“Eles iam bater em quem eles pegassem. Quem tivesse com a camisa do Corinthians iria apanhar, essa é a grande realidade”, acrescenta o torcedor.

A Polícia Militar foi acionada assim que os criminosos espancaram o rapaz, levado posteriormente para a Santa Casa. De acordo com a testemunha ouvida pela reportagem, além da demora no chamado, apenas uma viatura compareceu ao local. Nenhum dos suspeitos foi ouvido, tampouco preso.

“Foi horrível. A gente viu muita gente correndo, muita gente desesperada, famílias, vimos muitos serem agredidos. Os caras não vieram pra brigar, vieram pra machucar ou até mesmo pra matar”, frisa. “Foi um ato tão covarde que, em vez de eles brigarem com gente do mesmo nível, com barras de ferro também, eles foram bater em torcedores comuns”.

O Meu Timão entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar, mas não obteve retorno até o presente momento. Não há provas se o ato teria partido de uma torcida organizada rival. O estado de saúde da vítima é estável.

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