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Por 'segurança', Polícia Militar barra entrada de bolsas femininas em jogo da Copinha

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PM impediu acesso de torcedores com bolsas na Arena Barueri

PM impediu acesso de torcedores com bolsas na Arena Barueri

Rafael Gmeiner/Arquivo pessoal

Torcedores e torcedoras do Corinthians vêm enfrentando abusos ao longo das partidas do clube pela Copa São Paulo de Futebol Júnior. Após tumultos em dois jogos do Timão devido à desorganização tanto da Federação Paulista de Futebol (FPF) quanto da Polícia Militar, bolsas femininas foram barradas nas entradas da Arena Barueri antes da semifinal contra o Juventus, na noite do último domingo.

O caso foi relatado ao Meu Timão pelo torcedor e jornalista Rafael Gmeiner, que compareceu ao estádio ao lado da esposa, Luciane Silva. Ao serem revistados por um agente da PM num dos portões destinados à torcida alvinegra, se surpreenderam com uma orientação para lá de questionável: não poderiam assistir a uma partida de futebol por conta da bolsa utilizada por eles para guardar documentos, dinheiro, duas capas de chuva e um livro.

“Quando a gente chegou lá, para nossa surpresa, o policial falou para mim: ‘Sua esposa não vai poder entrar com a bolsa’”, conta Gmeiner, que logo perguntou à mulher se os policiais haviam ao menos vistoriado o acessório de couro. “Ela respondeu: ‘Não fez nem questão de olhar a bolsa’”, relata, revoltado.

“Nisso, vi na grade várias bolsas já amarradas. Ficamos meio estressados, lógico, minha esposa fico bem brava. Fui até a catraca tentar conversar com os funcionários da federação que estavam fazendo as passagens das catracas e não tinha ninguém obviamente pra conversar com a gente”, diz. “Isso é absurdo, é ridículo. Ninguém se movimentou”, lamenta.

Passada a irritação com a notícia, Rafael e Luciane decidiram acatar à determinação da PM. Colocaram seus documentos no bolso e prenderam o objeto com o livro em uma grade do lado externo da Arena Barueri, assim como outras dezenas de pessoas. E como esperado, ao término da vitória por 3 a 0 do Corinthians, seu pertence havia desaparecido. E o livro também.

“Minha esposa chegou para o policial e falou assim: ‘Eu não tenho garantia nenhuma da minha bolsa estar aqui (quando o jogo acabar)?’. Ele falou: ‘Não. E possivelmente ela não esteja’”, recorda. “A Federação deveria, no mínimo, ter um espaço pra gente guardar nossas coisas, não deixar amarrado aqui...”, cobra Gmeiner.

Determinação da FPF fez torcedores perderem pertences após jogo da Copa São Paulo

Determinação da FPF fez torcedores perderem pertences após jogo da Copa São Paulo

Rafael Gmeiner/Arquivo pessoal

ABUSOS RECORRENTES

Esse está longe de ser o primeiro relato de abuso de autoridade da Polícia Militar em duelos da Copinha. Antes da goleada do Timãozinho por 5 a 1 sobre o Manthiqueira-SP, no último dia 11, em Taubaté-SP, ainda pela fase de grupos da competição, uma policial tentou revistar uma criança de colo com menos de dois anos.

À reportagem, Dadá Ganam, mãe do bebê, confirma a história. “Na hora que liberaram para entrar, fizeram a revista em mim e meu filho estava no colo. A policial queria revistá-lo, chegou a colocar a mão, e eu falei: ‘Não! Você não vai revistar meu filho, não tem que revistar criança”, detalha.

Indignada com a situação, ela deu de ombros para a agente da PM. “Eu peguei e entrei. Ela me disse para voltar, mas peguei meu filho e entrei”, resume Dadá, que contesta a postura da guarda responsável pela segurança dos torcedores no jogo. “A explicação dela foi que criança teria de ser revistava também. E eu falei que não”, finaliza.

Em tempo: a Federação Paulista impôs preços a ingressos somente em partidas do Corinthians na atual edição da Copa São Paulo, nos triunfos sobre Flamengo (2 a 1) e Juventus, por “medida de segurança”. Porém, no caso do Paulista de Jundiaí, por exemplo, então finalista do torneio, a retirada de bilhetes foi realizada de forma gratuita.

O QUE DIZ O REGULAMENTO?

Não há qualquer menção à proibição de bolsas ou outros objetos de uso comum de torcedores no regulamento da Copinha, tampouco no Regulamento Geral das Competições da FPF.

Nota da redação: Após a divulgação da matéria, nesta terça-feira, a FPF se manifestou por meio de seu Twitter. "Sobre o episódio do veto a bolsas na Arena Barueri, pela Copinha: a FPF não proibiu nem proíbe a entrada de objetos. Isso não cabe à FPF", escreveu a federação.

Veja mais em: Torcida do Corinthians e Copinha.

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