Jô relata mudança pessoal e compara Atlético-MG campeão da Libertadores com Corinthians
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Por Meu Timão
Um dos principais centroavantes em atividade no futebol brasileiro, Jô prefere não se lembrar do passado. Os excessos na vida particular levaram o jogador a um caminho diferente do planejado por ele no início da carreira. Em entrevista à ESPN Brasil nesta quinta-feira, o camisa 7 do Timão destacou a mudança pessoal pela qual passou após 2014 e a importância de sua família nisso, sobretudo da esposa, Claudia, e do cantor Xande de Pilares, por quem possui grande apreço.
“Primeiro, o Xande (de Pilares) é praticamente meu primo, é primo da minha esposa. Ele sempre me acompanhou, me acompanhou nesse período da minha mudança. Sem dúvida, eu teria chegado muito mais longe do que eu cheguei. Joguei em grandes clubes da Europa, Manchester City, Everton e Galatasaray, mas com a cabeça que estou hoje, mais focado, cuidando mais do meu corpo, teria chegado mais longe”, admitiu o centroavante corinthiano.
“Mas foi assim que tinha de acontecer, nos erros que eu aprendi, e hoje consigo valorizar cada minuto da minha vida, cada pessoa que está do meu lado. Daqui pra frente pode ser que as coisas aconteçam. Sempre falo que costumo cumprir meu contrato, mas as coisas no futebol acontecem muito rápido. Vou deixar nas mãos de Deus”, declarou.
Depois de brilhar com a camisa do Atlético-MG, se tornar artilheiro da Copa Libertadores da América e ser convocado para a Seleção Brasileira, Jô se perdeu e passou a priorizar fatores extracampo, como álcool e mulheres, em vez do futebol e da família. Uma “vida louca”, como ele mesmo define:
“Era como você falou, ‘vida louca’ (risos). Situações que hoje eu brinco, dou risada, mas só Deus sabe o quanto foram difíceis pra mim. Já passou, hoje tento conquistar minha esposa todos os dias e Deus tem me dado sabedoria para sempre amá-la”.
Entre outros assuntos, Jô foi questionado a respeito da principal diferença de jogar por uma equipe que prioriza a marcação e o sistema defensivo, como a do Corinthians de Fábio Carille, para um time que tem como identidade o poderio ofensivo, por exemplo, o Atlético-MG campeão da Libertadores de 2013, do qual fez parte.
“É até curioso. Estava conversando com minha esposa sobre essa questão, ela colocou essa tese. Na época do Galo, claro que era um time mais vistoso, que jogava bonito, um time que a gente se conhecia muito bem. Já estávamos jogando dois, três anos juntos, diferente desse time de hoje, que está em construção, prioriza muito mais a marcação. No Galo tinha o Ronaldinho (Gaúcho), um maestro, eu recebia muito mais bolas, às vezes tinha dez chances no jogo e não fazia por não caprichar, por não estar concentrado”, explicou, antes de valorizar o elenco alvinegro finalista do Campeonato Paulista.
“Hoje eu me sinto na obrigação de uma, duas bolas, ter a concentração de fazer um gol. Nosso time tem a característica de marcar muito bem e ser decisivo. São times bem distintos. Adorei jogar naquele grupo e estou adorando jogar nesse, você vê a humildade de cada um, futebol não é só jogar. Fico muito feliz de fazer parte desse grupo”, concluiu.