Na contramão do clube, Carille dá de ombros para 'quarta força' e conta segredos do Corinthians
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Por Meu Timão
A confirmação do título paulista de 2017 por parte do Corinthians motivou uma espécie de campanha feita pelo clube nas redes sociais chamada #PrimeiraForça, em referência ao rótulo que o Timão levou no início da temporada de que seria apenas a quarta melhor equipe de São Paulo. No que depender do técnico Fábio Carille, isso não é lá muito importante.
Em entrevista concedida nesta segunda-feira ao canal de televisão ESPN, Carille garantiu não ter usado em momento algum ao longo do Campeonato Paulista o rótulo de quarta força como motivação para os jogadores do Corinthians. O treinador, aliás, disse que o Timão estava mesmo atrás de equipes como Santos e Palmeiras no início de 2017.
"Eu também coloquei Palmeiras e Santos à frente de Corinthians e São Paulo. Santos mudando pouco, Palmeiras campeão e fortalecendo... E nós e o São Paulo buscando jogadores, ano anterior não foi bom", ponderou.
"Não usei em momento algum com o grupo isso da quarta força, porque tinham jogadores jovens chegando ao clube, o próprio Jô chegando ao clube e eu não sabendo como ele estava. Então procurei conversar muito, mostrar vídeos, trabalhar em campo... Por isso é que conseguimos crescer muito. Foi algo acima do esperado, muito rápido. Fazer um bom Brasileiro era minha ideia. Mas as coisas foram acontecendo, o sistema defensivo dando uma resposta muito rápida e agora ajustando com o sistema ofensivo", completou.
Ou seja: Carille deixou de lado os comentários muitas vezes irônicos de jornalistas e torcedores rivais para focar em seu método de trabalho. Método de trabalho este, por sua vez, que tem alguns segredos. O treinador, passado o título do Paulistão, não se importou de revelar algumas dessas características até então "secretas".
"Trago algumas coisas da época de atleta, gosto de ler bastante, tem alguns detalhes que trago comigo. Um deles: chamar atenção de um atleta eu não faço em grupo, faço individualmente. Elogiar eu faço em grupo. Então é olhar no olho, ser verdadeiro com o atleta", afirmou.
"O atleta não aguenta mais conversa furada. Então sou muito curto em reuniões, dez ou doze minutos é a média. Não adianta falar 20, 25 minutos e o grupo perder a atenção. Tem de ser muito objetivo, completou.