Revelado pelo Corinthians, Marcelinho Paulista conhece como poucos a base alvinegra. Isso porque, somado ao seu período na equipe, ainda foi gerente das categorias menores do Corinthians entre 2011 e 2012. Com esse acúmulo de experiências, o ex-volante tem bagagem para analisar o atual momento dos garotos do Terrão. Para ele, as oportunidades têm surgido mais pela falta de dinheiro do que pela vontade do clube propriamente dita.

"Quando o Corinthians passa por esses momentos de alguma turbulência financeira, como acontece hoje, em partes, é que aparecem possibilidades para jogadores que crescem dentro do clube. Hoje é o caso do Arana, do Maycon, o Pedro Henrique, o Léo Príncipe. Você começa a dar oportunidade para muita coisa boa que tem dentro de casa", afirmou Marcelinho, em entrevista ao UOL Esporte.

"Se o Corinthians tivesse com o aporte financeiro alto talvez esses jogadores jovens não tivessem essa oportunidade que estão tendo. Essa é uma leitura que eu faço da vivência que eu tive, esse momento do Corinthians que está dando oportunidade. Não é simplesmente porque os jogadores são bons, é também pelo momento financeiro do clube, eu não tenho dúvida disso. Então é uma grande diferença que infelizmente acontece no clube", complementou.

Com o discurso, Marcelinho se junta a outro ex-jogador do Timão. Zé Elias, também formado pelo clube, recentemente afirmou acreditar nos mesmos motivos pela utilização dos garotos no Corinthians.

Mais experiente, por passagem como gerente de futebol do profissional do Avaí e na base do Flamengo, o ex-jogador chegou a ser cotado para assumir a gerência geral das categorias de base do Corinthians neste ano, no entanto, a chance de voltar ao clube não se consolidou. Sobre o período em que trabalhou com os garotos corinthianos, o saldo para Marcelinho é bastante positivo.

"Esse período em que eu fiquei no Corinthians foi muito gratificante, tivemos várias conquistas.Todos esses atletas são do período que a gente iniciou o trabalho lá atrás pelo convite do Fernando Alba. Então Arana, Maycon, Malcom que está fora do país, todos esses atletas que hoje estão aí são atletas que eram sub-15, sub-13, no período que eu estava no Corinthians, então foi uma safra que a gente trabalhou", conta o ídolo alvinegro.

"Mas é o que eu sempre falo: quando você trabalha no clube você não revela ninguém, você tem uma participação na formação desse atleta. Porque a gente sempre escuta as pessoas falarem: fui eu que revelei. Não, não, existia um trabalho anterior que deu a parcela para o clube", concluiu.

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