Goleador nato, Edmar conta como ajudou atacante a se tornar ídolo do Corinthians
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Por Meu Timão
Se há um jogador lembrado com carinho pela Fiel pelo título do Campeonato Paulista de 1988, este é Viola. O atacante apareceu para o Brasil justamente na decisão do torneio, quando foi escalado pelo técnico Jair Pereira no lugar de Edmar, convocado para a Seleção Brasileira. É o que conta o próprio ex-centroavante sobre o ídolo corinthiano.
“Eu brinco com o Viola: 'Você só é o Viola porque eu fui para a Seleção, senão você nem ia aparecer na foto do título paulista de 88' (risos). O Viola só dá risada: 'Pô você me ajudou' (risos). Ninguém ia saber do Viola, não”, contou Edmar em entrevista ao site Uol.
A primeira partida da final do Paulista, disputada no Morumbi, terminou em 1 a 1. Assim, o Guarani precisaria de um empate no tempo normal e na prorrogação em Campinas para se sagrar campeão estadual.
A missão do Corinthians estava longe de ser fácil, e o confronto no estádio Brinco de Ouro acabou decidido na prorrogação. Foi quando Viola chamou a responsabilidade, embora acusando cãibras, deu carrinho na bola cruzada por Wilson Mano e marcou o gol da vitória preta e branca.
“Em 1988 eu era artilheiro do Paulista, mas eu fui convocado nos jogos finais para a Seleção Brasileira e não joguei as finais contra o Guarani. Foi quando o Viola entrou e fez o gol do título”, explicou Edmar, que recorda com carinho o período que vivem em São Paulo.
“Eu fui artilheiro do Campeonato Brasileiro em 1985, pelo Guarani, com 20 gols. Fiz também um Campeonato Paulista muito bom, mas também tive momentos bons no Palmeiras: fomos vice-campeões paulista em 86, perdendo aquela final para a Inter de Limeira, mas eu fui bem. No Corinthians foi um momento muito bom: fui campeão paulista em 88, fui artilheiro em 87 com 19 gols... Então minha passagem por São Paulo foi muito boa”.
Edmar defendeu o Corinthians entre 1986 e 1988. Segundo o Almanaque do Timão, jogou 95 partidas e marcou 51 gols. Atualmente, o ex-centroavante mora em Campinas, onde administra um complexo esportivo ao lado do também ex-jogador Careca.
“Hoje estou vivendo a vida e, graças a Deus, está tudo na paz. Tenho minhas coisas, estou de boa, e só tenho que agradecer a Deus por ter me dado a oportunidade de fazer bem aquilo que me deu condição para fazer”, conclui.
Viola, por sua vez, se tornou ídolo do Corinthians, sendo bicampeão paulista (1988 e 1995) e campeão da Copa do Brasil (1995).