Eliminar o Palmeiras tem gosto de título.
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Defender os estaduais, nos dias de hoje, é bastante impopular, a aceitabilidade é baixa, é quase politicamente incorreto. Mas, tampouco é difícil de negar que nos estaduais as equipes ganham forma, são testadas, e dão o tom do que pode ser esperado delas para as competições mais importantes no ano; acima de tudo, é precisamente nos estaduais onde as grandes rivalidades são renovadas. São fatos, e o dérbi que definiu o adversário do Santos, ontem, no Pacaembu, foi prova disso.
O ano começou funesto para o Corinthians, com a eliminação para um obscuro time colombiano, na Libertadores. O Timão sentiu o estremecimento interno, com a saída de Roberto Carlos, e a aposentadoria de Ronaldo. No primeiro confronto do ano contra o arqui-rival Palmeiras, lá estava a torcida adversária, formando um grande mosaico, com papéis vermelhos, formando um "ha ha ha" gigante. O Corinthians, que não é de levar desaforo para a casa, venceu a partida, amarelando o sorriso de deboche dos palmeirenses.
Ontem, novamente, o arrogante Palmeiras era o adversário. As apostas eram todas no talento do destemperado Kléber, e nos chutes no vácuo de Valdívia, e não foram poucos, dentro do estádio, e nas redações esportivas, os que só aguardavam a eliminação do Corinthians para dispararem os deboches. O Corinthians, que não é de levar desaforo para a casa, eliminou o Palmeiras, perdido que estava com o clima que ele próprio criou. Valdívia foi o mico da rodada, conseguindo contundir-se com a própria jogada. A entrada violenta de Danilo sobre Liédson foi um caso a parte para avaliar-se a isenção de jornalistas, pois Liédson foi vítima, e não haveria razão nenhuma para a sua expulsão.
De qualquer forma, a segunda-feira após a partida tem um gosto especial. Delícias de um estadual, onde eliminar o Palmeiras tem gostinho de título, e as vozes contrarias ao Paulistão soam ridículas. O Corinthians tem um adversário muito forte pela frente, franco favorito ao título. Mas, deixaram o Corinthians chegar. E o Corinthians, que não é de levar desaforo para a casa, não deixa os santistas sentirem confortáveis com este favoritismo.
Enviado por: Dirceu Felipe de Barros