Entre as inúmeras deficiências do Corinthians na temporada, a falta de poderio ofensivo é, sem dúvidas, uma das que mais incomoda. E se na prática o problema fica claro, com números é ainda mais evidente o tamanho do buraco em que Jair Ventura e seus comandados estão enfiados quando o assunto é a criação de jogadas.

Levando em conta apenas os dados do Brasileirão, chama atenção o elevado número de passes da equipe alvinegra. São, em média, 471,01 passes por jogo, ficando atrás apenas do Grêmio. A falta de objetividade, porém, reduz o número a um dado irrelevante.

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Segundo time que menos finaliza no torneio, com média de 9,2 chutes a gol por jogo, o Corinthians é quem mais precisa trocar a bola antes de criar uma chance: são, em média, 48,7 passes até que uma finalização aconteça - número 41% acima da média do campeonato.

O levantamento do Footstats deixa ainda mais claro o que tem sido tendência nos jogos do Corinthians: a horizontalidade. A equipe roda a bola e não acha opções no setor ofensivo para transformar essas jogadas em chances reais de gol. E a falta de criatividade não é o único problema.

Além de toda a improdutividade com a bola nos pés, o Timão tem pecado até mesmo na execução dessa rodagem. Prova disso é que os comandados de Jair ocupam o terceiro lugar no ranking de equipes que mais erraram passes no torneio, com média de 40,4 erros por jogo. A exceção nesse jogo estéril tem sido Jadson, que dá 2,40 assistência para finalização por partida.

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