Gaviões da Fiel apresenta reedição de samba de 1994; saiba tudo sobre o desfile
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Por Meu Timão
Principal torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel desfila no Sambódromo do Anhembi na manhã deste domingo, por volta das 5 horas, pelo segundo dia de desfile das escolas do grupo especial de São Paulo. Em 2019, a escola corinthiana leva para a avenida um dos gritos mais comuns nos jogos do Timão. O samba-enredo “A saliva do santo e o veneno da serpente”, apresentado no carnaval de 1994, será reeditado para esse ano.
O samba-enredo, que conta a história, lendas, benefícios e malefícios do tabaco, será retratado com roupagem do Século XXI e tem autoria dos compositores Janos Tsukalas (Grego) e Vladimir Moura Leite (Magal). Ouça abaixo:
Em 1994, a escola de samba que carrega o nome da maior torcida organizada do Corinthians, terminou em segundo lugar usando o mesmo enredo. Membros da velha guarda da Gaviões questionam o resultado até hoje, alegando que o jurado que deu uma nota menor confundiu as papeletas com a de outra escola.
“Era um samba bem executado antes do desfile, aí aconteceu aquela questão da nota que tirou o título da Gaviões. Isso gerou uma empatia maior com a música, virou grito de guerra contra as coisas erradas, contra o sistema. Foi uma maneiro que o torcedor achou para protestar. Até hoje perdura”, relatou ao Uol Esporte, Ernesto Teixeira, puxador da escola há 25 anos.
A Gaviões da Fiel vai atrás do seu quinto título do carnaval paulistano (1995, 1999, 2002, 2003), e vai ser a última escola do grupo especial a desfilar no Anhembi.
No ano passado, a Gaviões homenageou os índios Guarus, que viviam na cidade de Guarulhos-SP, e ficou apenas com a sétima colocação geral. Acadêmicos do Tatuapé superou a Mocidade Alegre e foi a grande campeã do último carnaval.
A saliva do santo e o veneno da serpente
"É meu santo é forte
Não adianta me picar
Sou Gavião e você pode acreditar
Que não aceito traição
E o veneno da serpente
Eu transformo em semente
É o tabaco em plantação
Erva santa curou dores
Seduziu com seus sabores
Café e rapé em Paris
A nobreza aspirava
E ficava mais feliz
Vou, vou pra Bahia
Acende a chama
No terreiro de Iá Iá
É a força da magia
Que me arrepia
E se espalha pelo ar
Saravá, saravá
Salve o santo guerreiro
E uma vela prá saudar
Meu São Jorge padroeiro
Mulher, mulher, mulher
Quem te viu e quem te vê
O que embaça se perdeu virou fumaça
Liberdade pra você
É um raro prazer
Sabor de emoção
Mas não abuse
Que faz mal pro coração (e pro pulmão)"