Há apenas cinco meses iniciava-se um movimento muito importante para o combate ao machismo no ambiente do futebol: o Movimento Alvinegras.

A partir de encontros informais motivados pelos jogos do Corinthians, o grupo de amigas divulgou nas redes sociais a ideia de oficializar o grupo e torna-lo um incentivo para outras mulheres ocuparem seus espaços na arquibancada corinthiana, como noticiado em matéria especial aqui no Meu Timão em fevereiro deste ano.

Durante essa semana, foi ao ar no programa Globo Esporte um quadro chamado "Lugar de Mulher". Nele, as meninas do Movimento Alvinegras se juntaram a outros movimentos semelhantes: as palmeirenses VerDonnas, as santistas da Bancada das Sereias, e as são-paulinas SãoPraElas. Na série de dois episódios, as torcedoras deram relatos de agressões que sofreram, assédios... contaram sobre as dificuldades de ser mulher no futebol, e também pediram muita empatia e respeito ao longo de todo o programa.

"Eu queria que todo mundo entendesse o porquê eu estou ali. É muito engraçado como todo mundo questiona você querer estar no estádio, e para mulher é muito mais do que isso. Ninguém fica questionando para o meu namorado porque ele vai no estádio. Então eu quero que parem de me questionar o porquê eu vou no estádio, o porquê eu vou num estádio sem um homem. Então eu quero ser igual", pede Alana Takano, uma das principais responsáveis pelo Movimento.

Para as meninas do Movimento Alvinegras o importante é levar mais pessoas ao estádio, e conquistar o espaço feminino com respeito. Ainda segundo elas, o trabalho é demorado e precisa da ajuda de todas as torcedoras:

"A melhor forma de termos o nosso lugar na arquibancada é ocupando em todos os momentos, jogos e estádios. É como um trabalho de formiguinha mesmo, em que é preciso trabalhar juntas, para sermos ainda maiores", afirmaram

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