Del Valle tem treinador e método espanhóis como obstáculos para o Corinthians
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Por Meu Timão
Adversário do Corinthians nas semifinais da Copa Sul-Americana, o Independiente del Valle carrega consigo uma espécie DNA espanhol. Além do técnico Miguel Ángel Ramírez, de 34 anos, nascido na Espanha, o clube também tem "obsessão" pelo modelo espanhol de futebol.
Ano passado, o Del Valle, que já vinha de resultados expressíveis a nível sul-americano como o vice da Libertadores de 2016, contratou Roberto Olabe como "chefe de estratégia desportiva". Espanhol, ele trabalhou antes nos clubes de seu país-natal Real Sociedad, Almería e Real Valladolid e ainda no futebol do Catar. O profissional combina com o clube equatoriano na medida em que valoriza e se preocupa com as categorias de base do clube.
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Junto com Olabe, chegou ao Del Valle vindo do Catar o também espanhol Miguel Ángel Ramírez. Num primeiro momento assumindo cargo de coordenador técnico de formação, justamente se aproximando e conhecendo melhor as categorias de base do clube, foi promovido no último mês de maio como técnico da equipe profissional. Foi ele o principal responsável pelo "nó tático" que o Corinthians de Fábio Carille levou semana passada.
"O treinador tinha que estar alinhado com nossos valores e princípios e acima de tudo manter a essência do clube. O melhor que poderia ter acontecido com o Independiente era a chegada de Miguel Ángel. Como nosso técnico, tem o DNA do clube. Fala diferentemente e tem facilidade e honestidade para lidar com os jogadores", disse Michel Deller, principal dirigente do Del Valle, em entrevista ao jornal local El Comercio, no último mês de agosto.
A partir de tal fala, o Del Valle de Ramírez eliminou o tradicional Independiente, da Argentina, nas quartas de final da Sul-Americana, e abriu vantagem de 2 a 0 sobre o Corinthians em plena Arena, em Itaquera. O jogo decisivo está agendado para a noite desta quarta-feira, em Quito, capital equatoriana, no estádio Olímpico Atahualpa.
"Temos um método de treinamento no qual tentamos ensinar o jogador todos os conceitos. Fazemos algo distinto pois estamos mais focados na competência e no rendimento. Mas mantemos o modelo de jogo que é comum no clube", explica Deller.
De fato, o Del Valle valoriza como poucos - o Barcelona, por exemplo, é inspiração - suas categorias de base. O clube tem uma espécie de colégio interno para formação de seus garotos a partir de 11 anos de idade. Boa parte dessa molecada, aprendendo desde cedo o DNA do clube, termina ou recebendo chances no profissional ou ao menos defendendo o time B do Independiente, que pleiteia atualmente acesso à elite do Campeonato Equatoriano.
Ganhando ou perdendo, o Corinthians certamente tem muito a aprender com os adversários desta noite no Equador.