Embalado por ótimos resultados em 2019, o time feminino do Corinthians está prestes a estrear na atual temporada. Neste domingo, às 14h, a equipe alvinegra encara o Palmeiras, em Vinhedo, pela primeira rodada do Brasileirão. E o clássico será mais especial para uma atleta corinthiana.

Longe dos gramados há dez meses, quando sofreu uma lesão no ligamento do joelho esquerdo, Adriana não sente mais dores e, como já está recuperada, volta a ficar à disposição do técnico Arthur Elias. Relacionada para o Dérbi, então, a atacante comentou como foi difícil esse tempo fora de combate, mas escolheu uma palavra para representar o momento.

“Eu me olho no espelho e me acho uma guerreira. Eu venci com muito esforço, muita dedicação e apoio da minha família e amigos. Eu quis e lutei muito esse momento: estar pronta para jogar futebol, voltar a fazer o que eu mais amo. Não foi fácil, mas foi feito!”, detalhou.

“Superação, né? Por não deixar meu sonho morrer. Por acreditar em mim e na minha trajetória. E mais: por trás de uma grande atleta, existe uma grande história, que pode servir de inspiração para tantas outras pessoas”, acrescentou.

Após um grande desempenho em 2018, Adriana ouviu seu nome na convocação para a Copa do Mundo da França, até então a primeira de sua carreira, no meio da temporada passada. Menos de 24 horas depois, porém, foi diagnosticada pelo departamento médico do clube e teve a lesão confirmada.

“Foi muito dolorido. Eu desmoronei completamente. Comecei a chorar sem parar. Tentava entender o porquê tinha acontecido comigo de novo, não conseguia entender”, expôs.

“A ficha não caía. Tinha vontade de desistir e voltar para casa, deixar meu sonho de lado. Eu via as notícias, as mensagens no Instagram e doía demais. Chorava e me perguntava se teria forças para aguentar tudo isso de novo”, completou em seguida.

A lesão, cabe destacar, aconteceu justamente quando a atleta balançou as redes num clássico contra o Santos no ano passado. Ela se chocou com a goleira rival e caiu de mau jeito. De imediato, a jogadora já sentiu que algo sério tinha ocorrido.

“Quando eu levantei, já sabia que tinha acontecido alguma coisa. Me veio a cena de uma lesão parecida que tive, três anos antes. As minhas companheiras tentaram me consolar, mas eu já sabia. Dizia ‘eu conheço meu corpo. Tem alguma coisa estranha comigo’”, confessou.

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