Ex-Corinthians relembra dificuldades da viagem ao Japão: 'Sinalizando para os motoboys'
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Por Meu Timão
A histórica partida contra o Chelsea na final do Mundial de Clubes de 2012 é frequentemente lembrada pelos torcedores alvinegros com emoção. Antes mesmo de conquistar o mundo, no entanto, os jogadores do Corinthians passaram por momentos que também merecem ser relembrados.
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É memorável a presença da torcida corinthiana no aeroporto de Guarulhos para se despedir dos jogadores (veja no vídeo abaixo), mas antes mesmo desse momento outros lugares da cidade já tinham sido interditados pelos torcedores. De acordo com a agenda montada pelo clube, os atletas fariam um treino no CT antes de deixarem o Brasil. E foi difícil chegar no treino, contou o zagueiro Wallace, que quase perdeu o voo.
"Estava tudo travado. O treino estava marcado para às 16h e eu tinha saído de casa às 13h. Eu fiquei parado perto da entrada da Ayrton Senna, na Av. Aricanduva, e estava com a mala e uma mochila nas costas. E não fluía. Eu desci do táxi e fiquei sinalizando para os motoboys, até que um me reconheceu e parou. Aí eu falei: 'Cara, me leva até o CT do Corinthians que eu te dou uma grana, se não, vou chegar atrasado.' Faltavam uns 20 minutos para começar o treino e logo em seguida a gente já ia sair para o aeroporto. Cheguei lá com o motoboy, com o capacete fechado, ninguém reconheceu. Aí tirei e o porteiro liberou a passagem", contou o corinthiano em entrevista para a ESPN.
Durante a viagem, os jogadores passaram por outro susto. Já na segunda parte do trecho, após saírem de Dubai, os atletas repararam a movimentação dos funcionários e perceberam que havia algo de errado no avião. Ao pousarem, os passageiros foram informados sobre um problema na porta da aeronave.
"Eu estava dormindo e acabei acordando com o movimento. Poucas horas depois de a gente ter decolado, descobriram que a porta não estava fechada do jeito certo. Aí a gente viu os comissários de bordo se movimentando para tudo que é lado, e a gente sem entender nada. Aí quando chegamos, nos informaram que uma parte da porta não estava fechada e colocaram toalhas, se não me engano, para preencher", revelou o zagueiro.
O nome dos gols
Na semifinal da competição, o Timão enfrentou o Al Ahly e contou com a ajuda do peruano Guerrero, que marcou e garantiu a equipe alvinegra na final. Na partida decisiva, foi dele também o gol que fez o clube conquistar o mundo.
Principalmente por esses feitos, o ex-camisa 9 é lembrado com carinho por muitos torcedores. E o zagueiro Wallace detalhou como o atleta estava durante a viagem.
"O Guerrero é bem tranquilo, estava tranquilo a viagem inteira também, sossegado. Ele já era bem experiente, não era nenhum menino. E a qualidade dele não precisa dos meus comentários, extremamente difícil. E ele é um cara muito frio né, e além de frio é bastante largo né, porque a bola acaba sobrando para ele muitas vezes também quando ninguém espera. E ele é um cara batalhador, então as oportunidades surgem para ele com mais clareza do que para outros", disse.
E a Fiel marcou presença!
A invasão corinthiana no Japão é um dos grandes feitos históricos lembrados não só por corinthianos. Mais de 30 mil torcedores marcaram presença no jogo da final e o zagueiro Wallace relembrou um dos momentos de alguns corinthianos no hotel do elenco.
"Tinha uma placa dizendo que não aceitavam mais brasileiros. E aí tinha um grupo vestido com camisas do Corinthians e eu tive que rir. Foi puro improviso brasileiro. Tinha um segurança com a plaquinha dizendo que não entrava mais brasileiro devido ao excesso, e aí eles falaram: "Nós não somos brasileiros, somos corinthianos". Aí o segurança: "Corinthianos? Então pode entrar", revelou o atleta.