Médica do time feminino do Corinthians valoriza trabalho longo por quarentena 'tranquila'
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Por Meu Timão
Com as competições paradas por conta da pandemia do novo coronavírus, o elenco feminino do Corinthians segue trabalhando a parte física à distância. Apesar das dificuldades do momento adverso, a médica Taline Costa ressaltou que o longo trabalho feito pelo clube facilitou as coisas durante a quarentena.
"Uma grande vantagem do grupo nosso é que a equipe já vem com um trabalho consolidado, forte, de preparação mental, física e de construção de saúde. Porque isso é a longo prazo, entender a importância da alimentação, do sono, da recuperação... a gente entra em uma pandemia com elas já com o sistema imune no melhor possível. Eu penso ainda que dentro da nossa equipe é um grupo já acostumado a lidar com adversidades, seja o que vivemos em competições ou por toda a trajetória do nosso esporte. Sempre pensamos como adaptar, manter motivado... então nosso grupo respondeu muito bem, um trabalho que veio antes ajudou", ressaltou, em live no perfil oficial da equipe.
"A pandemia é pesada mentalmente, mas é tranquila no sentido de elas não terem somatizado o pensamento no físico. As vezes temos lesões diferentes, pelo trabalho diferente, lógico, aparece uma coisa ou outra, mas no geral foi uma fase tranquila, apesar dos desafios. E tudo isso pela construção que o clube fez e faz sempre. É um time forte, preparado, com assistência, profissionais preparados, e agora colhemos os frutos disso, sabemos lidar com isso. Estamos conseguindo superar", completou.
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Mesmo com o bom trabalho, o time comandado por Arthur Elias teve dificuldades físicas na última temporada. Com a maratona de jogos, foram três lesões graves no joelho: Adriana, Gabi Nunes e Diany. Questionada sobre tema, a médica ressaltou que os problemas ficaram para trás.
"Elas (as lesões) surpreenderam, foram desafiadoras, enigmáticas... o grupo é super controlado, a preparação é boa, o respeito pela recuperação, o entendimento... foi desafiador e isso gera um medo nas que estavam bem. Foi uma fase difícil para todos, mas demos a volta por cima, como todas as fases difíceis, crescemos e tivemos resultados apesar de tudo. E isso é resultado de um ótimo trabalho em grupo", analisou.
"E entra muito a educação, explicar as fases do processo, com transparência, a recuperação do tecido, o tempo do corpo. Tendo uma boa relação, confiança, e explicação, faz toda a diferença na compreensão e no acolhimento. Tem que entrar muito a psicologia também, construir aos poucos a confiança para retorno. Com transparência, o diálogo fica facilitado, a recuperação também...", concluiu.
A exemplo do que acontece com o masculino, o time feminino ainda não tem previsão de volta aos gramados. Neste sábado, inclusive, um dos torneios que o Timão disputaria foi adiado: a Copa Libertadores.