Análise: Corinthians flerta com o vexame, mas melhora e vê Araos brilhar na Arena
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Por Tomás Rosolino
Um primeiro tempo muito ruim e um bom segundo tempo do Corinthians na noite desta quarta-feira, na Arena, contra o Coritiba. Uma simples modificação no intervalo, abrindo mão de um volante marcador e dando amplitude à equipe com Gustavo Mosquito foi o bastante para derrotar um adversário que jogou 75 minutos com um a menos.
O primeiro tempo mostrou um Corinthians razoavelmente parecido com as primeiras rodadas do Brasileiro, mas com algumas diferenças individuais: Araos, muito mais ativo sem a bola do que Luan, e Léo Natel, opção mais veloz pela ponta, conseguindo ser um desafogo para a equipe sair de trás.
O desenho tático, porém, pouco durou: uma agressão de Yan Sasse fez com que o jogador do Coritiba fosse expulso e transformasse um duelo equilibrado em domínio praticamente obrigatório do Corinthians. Bastante parado por reclamações, o jogo ainda demorou a andar com uma série pênalti (inexistente), erro, VAR, erro de novo. Foram apenas 15 minutos de jogo mais franco até o intervalo.
E aí o Corinthians decepcionou. Sidcley, mal tecnicamente e errando posicionamento defensivo desde o primeiro lance do jogo, quando deu condição a Sassá, não conseguiu criar a superioridade pensada por Tiago pela esquerda. A sorte foi que Léo Natel, confiante, arriscou um chute de longe e fez o gol.
O Coritiba, porém, mesmo com um a menos, jogou com tranquilidade. Saiu da pressão corinthiana em diversos momentos e aproveitou-se dos espaços pelas laterais para, mesmo com um a menos, construir o lance do gol com William Matheus. Passe errado de Cantillo, saída nem tão rápida dos visitantes e Sassá, livre, completou cruzamento e fez justiça ao placar.
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Na volta para a etapa final, duas simples modificações foram o bastante para o Corinthians dominar o adversário: Éderson e Mosquito entraram nas vagas de Gabriel e Ramiro. Ainda que o camisa 5 tivesse boa atuação, um jogador que chegasse com mais frequência à frente se provou mais útil. Mosquito, por sua vez, deixou o time com profundidade nos dois lados.
O gol de Jô logo no começo também ajudou e o Corinthians tranquilamente dominou um Coritiba organizado, mas já cansado e, talvez, frustrado com a desvantagem logo de cara. Araos, com ótima movimentação, criou espaços e fez a sua melhor atuação com a camisa do clube, que merecia até ser coroada com um gol.
Ainda que a marcação pressão não tenha se encaixado, permitindo aos visitantes saírem algumas vezes pelo chão, o Corinthians se mostrou mais atento na transição defensiva e, quando Lucas Piton entrou na vaga de Sidcley, ganhou uma opção mais precisa pelo lado esquerdo.
O garoto foi bem em contra-ataque para fechar a vitória e provou que, com a saída de Carlos, a lateral esquerda está longe de ter um nome definido como titular.