Análise: Corinthians é amplamente dominado pelo Atlético-GO em casa e arranca empate
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Por Tomás Rosolino
Peço permissão no começo da análise para citar meu amigo Roberto Lioi, da Rádio CBN: um time entrou em campo tranquilo na Neo Química Arena, trocou passes, dominou o jogo, deu poucas chances ao rival e esbarrou em algumas tomadas de decisões ruins, além da boa atuação do goleiro adversário, na tentativa de sair com a vitória de campo. O outro era o Corinthians.
A noite desta quarta-feira foi um marco do Corinthians no Brasileiro: não era falta de tempo para treinar, não era desgaste físico e não era só Tiago Nunes. O time foi dominado por um rival bem treinado, mas que vai certamente brigar na parte de baixo da tabela do Brasileiro. Provavelmente, o mesmo lugar em que o Timão ficará na competição.
Dyego Coelho testou uma formação inicial com Cantillo e Luan no meio-campo, apostando na intensidade de Roni para combinar com a técnica da dupla. O resultado, no entanto, foi desastroso. O trio não se achou em campo, perdeu várias segundas bolas e deixou Chico ser o maestro dos goianos. Como tem sido costume, o rival do Corinthians jogou muito bem.
A péssima transição defensiva sem conseguir pressionar o rival foi o maior sintoma de que um ajuste tático era muito necessário no intervalo. Por sorte e alguns erros de finalização dos visitantes, principalmente do lateral esquerdo Nicolas, o placar foi zerado para o descanso dos atletas.
Na volta para o segundo tempo, o treinador corinthiano diagnosticou que Roni, já amarelado, precisava sair para a entrada de Ramiro, mais experiente e bem posicionado taticamente. O problema foi que o camisa 8 não esteve bem tecnicamente, errou passes e não deu a dinâmica desejada à equipe.
Os visitantes seguiram manejando o jogo como queriam, hora mais atrás, hora apostando na posse de bola. Espectador, Coelho fez uma alteração tripla e, com Camacho, Cazares e Boselli, tentou empurrar o adversário para trás. Um cruzamento de Piton para Jô foi um suspiro corinthiano.
Havia uma expectativa que, por ter a semana cheia de treinos, enquanto o rival jogou no domingo à noite, o Timão teria uma sobra física nos minutos finais. Nem isso se provou, com os donos da casa parecendo visitantes durante toda a partida.
A única jogada de maior perigo saiu de um esforço individual de Cazares, que driblou seu marcador mesmo pressionado e puxou bom contragolpe. Boselli recebeu na meia-lua e serviu Otero, que parou em Jean. O único perigo do Corinthians em casa contra o Atlético-GO foi em contra-ataques.