Análise: Corinthians deve pesar contras e valorizar vitória, mas jogou um futebol lamentável
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Por Tomás Rosolino
O Corinthians vive um surto de covid-19 no seu elenco, mal tem conseguido fazer treinos completos e não teve nenhum reforço para a atual temporada, mas segue sem perder no Paulista. Tudo isso é verdade e deve ser pesado, mas a atuação contra o São Caetano, na noite deste domingo, foi algo próximo do lamentável para a terceira maior folha salarial do país.
Para completar o cenário, os corinthianos possivelmente vão reclamar do péssimo gramado do Anacleto Campanella, que prejudicou as trocas de passe da equipe. Quer dizer, teria prejudicado. O Corinthians nem tentou trocar passes e construir por baixo, mandando a bola normalmente em ligações diretas da defesa para o ataque.
As boas notícias, como sempre, começaram pela boa participação de Fagner, único nome em campo que sempre se mostra como uma opção confiável na armação de jogadas. Foi a partir dele que surgiram os brilharecos corinthianos, capitalizados em uma cabeçada de Bruno Méndez em escanteio batido por Otero.
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O uruguaio, por sinal, é a outra boa notícia do jogo. Outra vez como lateral esquerdo, exposto a erros em uma função que nunca exerceu e em um clube que poucas vezes lhe deu a chance de atuar na sua posição, conseguiu ser seguro pelo seu lado. Pouco atacou, claro, mas ainda saiu com o gol para celebrar.
Outros pontos a se ressaltar foram a entrada de Vitinho, estreando no profissional, e outra boa participação de Rodrigo Varanda, pela primeira vez com Fagner pelo seu lado. Caso tivesse mais liberdade de movimentação, talvez tivesse aumentado o seu número de participações diretas em gol.
Pelo lado ruim, vários jogadores seguem entregando bem menos do que se espera deles. Jô, sem confiança, Luan, sem se achar em campo, e até Gil, com uma insegurança raríssima, não parecem estar aproveitando a fase de testes do Paulista. Depois será difícil reclamar que não tiveram chances.
Já Mancini, que considero um treinador em busca de consistência em meio à turbulência, pode rever essas posições na frente. Uma vaga na quarta-feira é essencial para a temporada, como ele próprio sabe, e o Corinthians não pode se dar ao luxo de entrar com algo a menos do que pode ter em termos de qualidade.