Fininho cita pressão sobre garotos da base no Corinthians e recorda repercussão de gesto obsceno
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Por Meu Timão
Dois anos depois de surgir como destaque da base do Corinthians, Fininho atravessou momento conturbado na carreira em 2005. Durante duelo com o Sampaio Correa, pela Copa do Brasil, o ex-lateral-esquerdo acabou substituído por Coelho e não aceitou as vaias direcionadas a ele pelos torcedores alvinegros: antes de deixar o campo, respondeu à Fiel no Pacaembu mostrando os dedos médios.
"Essa questão foi bem momentânea. Não estava fazendo minha melhor partida, e quando você é jovem age mais com impulso, mais com a emoção do que com a razão. E acabei fazendo aquele gesto que infelizmente marcou minha carreira. Mas os erros servem para você aprender. Aquilo me tornou grande, errei, tive que lidar com a pressão", disse em entrevista ao GloboEsporte.com.
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Atual coordenador técnico da base do Clube Atlético Joseense, de São José dos Campos, Fininho também lembrou de sua geração no Corinthians, além de citar a construção do galático elenco de 2005.
"Era eu, Rosinei, Betão, os goleiros Marcelo e Tiago, Bruno Octávio. Eu cheguei no Corinthians em 1994, passei por todas as categorias, e em 2002 eu já fazia transição para o profissional, peguei grandes astros, Rincón, Marcelinho Carioca. Mas aí saíram vários talentos, era uma transição financeira como hoje. Começou a entrar muito jogador da base e foi quando nossa geração subiu, era um período difícil até achar esse equilíbrio. E aí veio a MSI em 2005, que financeiramente estruturou o clube, trouxe Roger, Tevez, Gustavo Nery, outros argentinos, Carlos Alberto, enfim, ali realmente o time remodelou", detalhou.
Como o Corinthians está apostando nos garotos da base nesta temporada por conta de problemas financeiros, o ex-defensor falou sobre o tamanho da pressão de um jovem atleta no profissional do clube.
"Quando se fala de Corinthians, não dá para falar que não existe pressão. É pressão o tempo todo, o clube do povo. Eu, como era da base no clube, sabia que era grande. Mas saindo você vê realmente o tamanho. É uma pressão interna e externa. Fico muito feliz de ver esses meninos hoje tendo a oportunidade pela questão financeira que o clube vive, isso também aconteceu na nossa época. Tinham grandes jogadores em 2001, 2002, aí 2003 ficou difícil manter o processo, saíram de uma vez muitos jogadores. Do lado esquerdo foi a maior bomba. O Kleber é meu amigo, mas eu brinco: "Era você, Gil e Ricardinho. Todo mundo saiu e vai lá o Fininho jogar na lateral". Eu novo ali, preparado, mas despreparado, base é uma coisa e profissional é outra, você acaba sentindo um pouco da pressão, eu vi que o negócio era pesado mesmo. Corinthians é pressão", concluiu.