Entenda por que o Corinthians deu folga na terça-feira em semanas cheias
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Por Tomás Rosolino
O Corinthians jogou contra o Flamengo em um domingo e, diferentemente do que se esperava, treinou na segunda-feira seguinte para folgar apenas na terça. O expediente se repetiu após o embate contra o Santos, no último final de semana, com descanso apenas no segundo dia após o embate.
A explicação para a ideia, que pode parecer pouco usual para quem não acompanha o esporte de alto rendimento, está em dois fatores que constroem o cenário atual da temporada corinthiana: o tempo de treinamento, com jogos apenas no final de semana, e a capacidade de recuperação do corpo humano.
A fisiologia, nesse caso, é unânime ao afirmar que o corpo apresenta a maior reação ao esforço físico 48 horas depois da realização, necessitando de descanso nesse período para poder concluir a recuperação das fibras musculares. Ou seja, o momento de maior dor dos atletas é justamente dois dias depois das partidas.
Sabedora disso, a comissão técnica definiu que os atletas fizessem o trabalho regenerativo na segunda, apenas uma movimentação leve na academia e na piscina, e descansassem na terça, dando tranquilidade para que o corpo fizesse o seu processo natural. A partir da quarta, todos têm condições de entrar no trabalho mais forte.
Mas por que não se faz isso sempre? Aí que entra o outro fator, do tempo de trabalho. No calendário brasileiro, meios de semana livres são raridades para qualquer clube, a não ser que, como fez o Corinthians, você seja eliminado precocemente de todas as competições.
Um exemplo: caso Sylvinho tivesse o jogo na quarta-feira e optasse por essa recuperação mais amigável fisiologicamente, ele chegaria ao embate sem um trabalho de campo sequer, como bolas paradas defensivas ou ofensivas.
Como a semana está à disposição, a preparação física pode cuidar dos atletas na quarta e a comissão técnica entra com os outros trabalhos a partir da quinta, preparando o elenco para o duelo de domingo, contra o Ceará, na Neo Química Arena.