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Quanto custa em média uma partida na Neo Química Arena para o Corinthians?

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Corinthians já tem mais de 250 jogos disputados na Neo Química Arena

Corinthians já tem mais de 250 jogos disputados na Neo Química Arena

Victor Gomes/Meu Timão

Desde 2014, o Corinthians tem mandado seus jogos na Neo Química Arena, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. De lá para cá, são mais de 250 partidas disputadas no local. Mas quanto custa para o clube um duelo no estádio?

A verdade é que o valor pode variar de jogo para jogo. Ainda assim, o clube tem gastos fixos pensados para todas as partidas dentro do local, como alimentação dos prestadores de serviços, ambulância, CET, brigada de incêndio, etc.

Alguns desses gastos, como ambulatório, banheiro químico e monitoramento por imagem, tem custos fixados para os jogos com presença de público. Por partida, o Corinthians arca com cerca de R$ 7,5 mil de ambulatório e R$ 1 mil em banheiros químicos, por exemplo. Sem torcida durante a pandemia, esses gastos eram reduzidos ou, até mesmo, inexistentes.

O Meu Timão levantou alguns boletins financeiros para que você, torcedor, saiba quanto o clube precisa desembolsar, em média, por jogo. Confira abaixo!

Vale lembrar que, para isso, levamos em consideração:

  • três clássicos (no Brasileiro 2021 e Paulista 2022): um com capacidade total para o público, um com capacidade reduzida e um sem público;
  • três jogos comuns (no Brasileiro 2021 e Paulista 2022): um com capacidade total para o público, um com capacidade reduzida e um sem público;
  • e quatro jogos do feminino que tiveram seus boletins financeiros divulgados.

Clássicos

100% do público

Em novembro de 2021, o Corinthians enfrentou o Santos pelo primeiro clássico na Neo Química Arena com a possibilidade de ter 100% da capacidade do estádio ocupada. Para a partida, válida pelo Brasileirão, 43.381 mil ingressos foram vendidos, o que gerou renda de R$ 2.566.138,80 para o Timão.

Para cada jogo, o clube tem, geralmente, três tipos de despesas, classificadas como B1 (alugueis e seguros), B2 (taxas e impostos) e B3 (despesas operacionais). Ao todo, essas despesas chegaram a R$ 682.365,81 no clássico alvinegro do ano passado.

A primeira delas é referente ao seguro do público pagante, que custou R$ 1.735,24. Já a segunda diz respeito a 20% do INSS da arbitragem e dos prestadores de serviço e dos 5% da Federação Paulista de Futebol e do INSS da renda bruta. Somados, os valores de taxas e impostos chegaram à R$ 261.448,85.

Por fim, o custo de despesas operacionais chegou a R$ 419.181,72. Essas despesas englobam: alimentação dos prestadores de serviços, estafe e policiamento; ambulância; ambulatório; arbitragem; diária e transporte da arbitragem; banheiros químicos; brigada de incêndio e bombeiro; CET; controle de dopagem da CBF; delegado, arrecadador e supervisor; equipe de apoio; funcionários; gradeamento; ingressos e controle de acesso; limpeza, higienização e sanitização; monitoramento por imagem; orientadores; prestadores de serviços e segurança privada - veja detalhamento abaixo.

Despesas do jogo entre Corinthians x Santos, pelo Brasileirão 2021, na Neo Química Arena

Reprodução/CBF

Resumindo, então, com R$ 682.365,81 de despesas e R$ 2.566.138,80 de renda, o Corinthians teve renda líquida no clássico o valor de R$ 1.883.772,99.

70% do público

Em razão do aumento dos casos de Covid-19 no Brasil no início de 2022, o Governo do Estado de São Paulo decretou que os jogos poderiam contar com apenas 70% da capacidade do público. Assim, o Corinthians poderia disputar as partidas em casa com, no máximo, cerca de 34 mil torcedores.

Como exemplo, o clássico contra o Santos pelo Campeonato Paulista 2022. Para o confronto, o Timão vendeu 27.883 entradas e obteve renda de R$ 1.675.894,00. As despesas, ainda que semelhantes ao clássico alvinegro com capacidade para 100% da torcida, apresentaram algumas diferenças.

Em relação ao seguro do público, desta vez o Corinthians gastou R$ 278,83 - a diferença de R$ 1,4 mil em relação ao mesmo clássico no Brasileiro do ano passado é, justamente, em razão da diminuição da capacidade do estádio.

De taxas e impostos, o Timão desembolsou R$ 201.252,48, enquanto as despesas operacionais da partida ficaram em R$ 352.246,07 - veja despesas detalhadas abaixo. A diferença de custo entre o clássico alvinegro em 2021, pelo Brasileirão, e em 2022, pelo Paulistão, foi de R$ 128.588,43.

A despesa total ficou em R$ 553.777,38. Com aproximadamente R$ 1,6 milhão de renda conquistada com ingressos, o Corinthians teve renda líquida (receita - despesa) de R$ 1.122.116,62.

Despesas do jogo entre Corinthians x Santos, pelo Paulistão 2022, na Neo Química Arena

Reprodução/FPF

Sem público

Para considerar quanto um clássico sem a presença da Fiel custou para o Corinthians nos últimos anos, utilizamos o boletim financeiro de um Dérbi - justamente o disputado em setembro de 2021, pelo Brasileirão, quando o Timão venceu o rival por 2 a 1, com dois gols de Róger Guedes.

Sem ganho de receita, o Corinthians também teve menos gastos para o confronto. O clube não precisou embolsar dinheiro para gastos com seguro do público, gradeamento e banheiros químicos, por exemplo.

O total das despesas do Dérbi do ano passado foi de R$ 55.576,41 - desse valor, R$ 5.844,73 foram de taxas e impostos e R$ 49.731,68 em despesas operacionais (como alimentação dos prestadores de serviço, estafe e policiamento; ambulância; ambulatório; arbitragem; CET e etc) - veja detalhamento abaixo.

Despesas do Dérbi sem público, pelo Brasileirão 2021, na Neo Química Arena

Reprodução/CBF

Jogos comuns

100% do público

No duelo contra o Cuiabá, uma das primeiras partidas com capacidade 100% liberada para o público na Neo Química Arena em 2021, o Corinthians vendeu 38.474 entradas. Assim, o clube arrecadou R$ 2.175.794,20.

Para o jogo, o Corinthians teve como despesa total o valor de R$ 650.271,23 (detalhamento em imagem abaixo). Dos quais:

  • Seguro para o público pagante: R$ 1.538,96;
  • Taxas e impostos: R$ 222.880,42;
  • Despesas operacionais: R$ 425.851,85.

Chama a atenção o gasto com limpeza, higienização e sanitização investidos para a partida. Enquanto nos clássicos citados acima, o clube gastou cerca de R$ 15 mil para esta função, no duelo contra o Cuiabá foram gastos R$ 67,5 mil. Vale lembrar que, em razão do aumento da capacidade, a CBF exigiu novos protocolos de cuidados com a Covid-19 aos clubes para receber seus torcedores.

Despesas do jogo entre Corinthians x Cuiabá, pelo Brasileirão 2021, na Neo Química Arena

Reprodução/CBF

Com o valor arrecadado e o valor em despesas, o Corinthians teve renda líquida de R$ 1.525.522,97 pelo confronto.

70% do público

Na estreia do Campeonato Paulista 2022, com permissão para receber apenas 70% da capacidade da Neo Química Arena, o Corinthians vendeu 29.903 ingressos para a partida contra a Ferroviária. Com isso, o clube teve renda de R$ 1.307.561,00.

Como esperado, com a redução da capacidade, o valor do seguro para o público pagante também foi menor se comparado ao gasto mostrado acima. Na estreia do Paulistão, o Corinthians gastou R$ 239,03, contra cerca de R$ 1,5 mil com o público 100% diante do Cuiabá.

Somadas, as despesas do duelo contra a equipe de Araraquara fecharam em R$ 485.683,84 - sendo R$ 156.907,32 de taxas e impostos e R$ 328.537,49 de despesas operacionais - veja tabela abaixo.

Fazendo a operação (receita - despesa), o Corinthians teve renda líquida de R$ 821.877,16 na estreia do estadual 2022. Vale lembrar que a partida foi disputada no feriado do aniversário de São Paulo, numa terça-feira, às 21h.

Despesas do jogo entre Corinthians x Ferroviária, pelo Paulistão 2022, na Neo Química Arena

Reprodução/CBF

Sem público

Um jogo considerado comum, ou seja, que não é um clássico, naturalmente tem um custo menor para o Corinthians operar a Neo Química Arena. A queda no valor aconteceu, inclusive, em jogos sem a presença da Fiel.

O total de despesas para o confronto contra o Red Bull Bragantino, pelo Brasileirão 2021, ficou em R$ 49.309,42 (cerca de R$ 6,2 mil a menos do que o Dérbi sem torcida). Sem custos de alugueis e seguros, o Timão gastou R$ 5.170,10 em taxas e impostos e R$ 44.139,32 em gastos - veja tabela abaixo.

Despesas do jogo entre Corinthians x Red Bull Bragantino, pelo Brasileirão 2021, na Neo Química Arena

Reprodução/CBF

Feminino

O Corinthians Feminino disputou dez jogos na Neo Química Arena até o momento. Contudo, das dez partidas já disputadas em Itaquera pela elenco feminino, apenas quatro têm o boletim financeiro publicado pela CBF.

Os quatro duelos com o registro são:

  • Corinthians 2 x 1 Grêmio - 02/11/2020 - Brasileiro Feminino 2020
  • Corinthians 3 x 0 Palmeiras - 16/11/2020 - Brasileiro Feminino 2020
  • Corinthians 4 x 2 Kindermann - 06/12/2020 - Brasileiro Feminino 2020
  • Corinthians 3 x 1 Palmeiras - 26/09/2021 - Brasileiro Feminino 2021

Em nenhuma das partidas acima, vale ressaltar, a torcida esteve presente no estádio. Diferentemente do primeiro Dérbi feminino de 2022, disputado no local. Na ocasião, o Corinthians vendeu ingressos pela primeira vez para um jogo da equipe feminina mas, até o presente momento, a CBF não publicou o boletim financeiro do confronto. Assim, os jogos que seguem sem as informações de gastos são:

  • Corinthians 4 x 1 São Francisco - 25/04/2018 - Brasileiro Feminino 2018
  • Corinthians 3 x 0 São Paulo - 16/11/2019 - Paulista Feminino 2019
  • Corinthians 4 x 0 Taubaté - 11/11/2020 - Paulista Feminino 2020
  • Corinthians 3 x 1 São Paulo - 08/12/2021 - Paulista Feminino 2021
  • Corinthians 3 x 0 Palmeiras - 06/02/2022 - Supercopa Feminina 2022
  • Corinthians 1 x 0 Grêmio - 13/02/2022 - Supercopa Feminina 2022

No duelo contra o Grêmio, válido pelas quartas de final do Brasileirão 2020, o Corinthians teve a despesa total no valor de R$ 12.999,19 - os custos de operação foram R$ 12.220,09, enquanto os R$ 779,16 restantes foram referentes ao INSS da arbitragem - veja abaixo.

Despesas do jogo entre Corinthians x Grêmio, pelo Brasileirão Feminino 2020, na Neo Química Arena

Reprodução/CBF

Já no clássico contra o Palmeiras, também com portões fechados e válido pela semifinal do mesmo campeonato, o clube teve despesa total em R$ 10.633,15. Enquanto na grande decisão, contra o Avaí/Kindermann, o Timão não precisou arcar com o INSS da arbitragem e desembolsou R$ 12.169,03 para o confronto.

Despesas do jogo entre Corinthians x Palmeiras, pelo Brasileirão Feminino 2020, na Neo Química Arena

Despesas do jogo entre Corinthians x Palmeiras, pelo Brasileirão Feminino 2020, na Neo Química Arena

Reprodução/CBF

Despesas do jogo entre Corinthians x Avaí/Kindermann, pelo Brasileirão Feminino 2020, na Neo Química Arena

Despesas do jogo entre Corinthians x Avaí/Kindermann, pelo Brasileirão Feminino 2020, na Neo Química Arena

Reprodução/CBF

Em setembro de 2021, Corinthians e Palmeiras definiram o campeão do Brasileiro Feminino na Neo Química Arena. O clássico também não teve presença de torcida. O confronto foi o jogo "mais caro" do feminino (em questão de custo operação), quando comparado com os três acima.

Na ocasião, o Corinthians investiu R$ 13.740,30 para receber a equipe feminina na grande decisão. Dessa forma, a média do custo dos jogos feminino* é de R$ 12.385,41.

*Média do custo de operação dos jogos que tiveram seus boletins financeiros publicados e descritos acima nesta matéria.

Veja mais em: Neo Química Arena.

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