Alessandro coloca parcela de culpa na imprensa após ameaças a jogadores do Corinthians
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Por Tomás Rosolino, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
O gerente de futebol do Corinthians, Alessandro, comentou neste domingo a vitória do time sobre o Botafogo, no Rio de Janeiro, mas preferiu citar a semana conturbada vivida pela equipe antes do 3 a 1 no Nilton Santos. Fazendo questão de diferenciar a conversa com a Gaviões da Fiel das ameaças sofridas pelo elenco, ele enxergou, sem citar nomes, parcela de culpa na imprensa pela ocorrência policial dos último dias.
"É triste para quem está no futebol falar de episódios que não condiz com o futebol, a gente lamenta muito quando infelizmente um pequeno grupo de pessoas na mídia fomentam situações como essa. Eu vi recentemente pessoas que trabalham em televisão incitando a torcida a cobrar. Quando você deixa em aberto essa cobrança, você vê não tem a dimensão do que isso pode ocorrer", comentou, dissertando sobre o tema, na zona mista do Engenhão.
"A gente escuta muita coisa que deixa a gente chateado, num clube tão profissional como o Corinthians dizendo que existe movimento contrário a metodologia que o treinador tem aplicado. Eu tenho visto todos os dias, acompanho todo minuto de trabalho, nenhuma metodologia nova vai ter uma resposta tão imediata, é natural que os atletas que o Vítor e toda sua equipe precise ter, para que juntos encontremos os melhores resultados. Agora levantar falso testemunho contra atletas profissionais, atletas campeões, atletas que tem uma história, só olhar para trás o currículo de cada um deles e o quanto espera que isso dê sequência. Não vamos aceitar esse tipo de manifestação. Isso na verdade beira um crime e quando isso ocorrer vamos nos movimentar para que as pessoas sejam responsáveis e se for preciso paguem", continuou.
Para Alessandro, é importante que se diferenciem as ameaças sofridas via rede social pelos atletas, que tiveram como protagonistas jovens de 16 a 20 anos, arrependidos do que fizeram ao serem acionados pela polícia, do papo entre jogadores e torcedores organizados realizado no CT Joaquim Grava.
"Posso falar de carteirinha porque já estive quando atleta, e o clube tem essa comunicação direta com as lideranças das torcidas. Isso é uma cobrança natural. Torcedor é assim, fica insatisfeito, indignado, quando o resultado não acontece, faz a cobrança dele. A conversa foi muito boa, sempre num tom bem direcionado, é normal que isso ocorra. Não é provocar uma violência a mais, quando a gente abre os portões para receber o nosso torcedor é uma situação diferente (das ameaças). A própria torcida se colocou à disposição dos órgãos para identificar se alguém fosse das organizadas, que não ocorreu. O que a gente quer, essencialmente os atletas, é fazer o melhor dentro de campo, e apoiá-los da melhor maneira”, relatou.
O dirigente ainda assegurou que todo o processo de ida à polícia foi repassado com o treinador Vítor Pereira, ficando a par do que acontecia com o elenco, e prometeu um time com pegada nos próximos jogos da Libertadores.
"A gente lamenta bastante, isso é um esporte, isso é futebol, tem que ser cobrado pelo rendimento, quando não ocorre todos os atletas lamentam, e isso a gente olha nos olhos deles a todo momento, a gente sabe o quanto sentiram essa estreia negativa na Libertadores e sabemos que temos cinco jogos e totais competências de buscar a nossa classificação e faremos isso", encerrou.