Vítor Pereira reforça necessidade de rodízio no Corinthians independentemente da idade do atleta
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Por Tomás Rosolino, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
O Corinthians vai jogar com um time muito diferente do jogo anterior e provavelmente tão diferente quanto do que entrará na próxima partida. Ao menos é isso que disse o técnico Vítor Pereira ao reconhecer a necessidade de descansar os atletas por um período maior que o intervalo entre os duelos. O Timão, que venceu o Deportivo Cali na quarta-feira, enfrenta o Avaí, no sábado - veja entrevista no vídeo acima.
"Eu costumo dizer que o calendário do Brasil é muito exigente. Eu não tive a oportunidade de fazer a pré-temporada, de perceber os tempos de pressão de cada um deles. Se nós estivermos cansados, se estivermos fadigados, não conseguindo jogar com ritmo, intensidade, com dinâmica e com pressão que eu pretendo e a que nós trabalhamos todos os dias nos treinos, a lição é mesclar um bocadinho", disse o comandante, fazendo a divisão por idade apenas na hora de determinar as características do que tem à disposição.
"Os mais experientes com muita qualidade. Os mais novos com muita vontade e muita energia, às vezes até energia a mais. E manter a equipe em um nível competitivo alto. Esse é o nosso grande desafio. É misturar uns e outros prometidos para que se recuperem, para que não sejam forçados a jogar sob uma fadiga grande como aconteceu, por exemplo, no jogo contra o São Paulo", relembrou.
O jogo válido pela semifinal do Campeonato Paulista, aliás, foi praticamente o norte escolhido por Pereira para tomar suas decisões quanto à gestão de grupo No duelo, o treinador percebeu que não tinha conseguido dosar bem a minutagem do elenco durante a preparação.
"Não conseguimos jogar e a responsabilidade é minha por não perceber essa incapacidade de resposta. Nós com dois dias a menos de preparação e isso atrapalha o nosso jogo. Para jogarmos o nosso jogo precisamos estar minimamente frescos para termos dinâmica, para pressionarmos, para criarmos situações de gol. Este elenco tem jogadores de muita qualidade acima dos 30 que às vezes não precisam correr tanto quanto os outros com os que tem energia para correr mais e correrem pelos mais velhos e fazer uma equipe competitiva e conseguirmos dar resposta nesse último jogo. Contra o Botafogo era um jogo fundamental para nós e hoje jogamos com qualidade, se estivéssemos fadigados seria impossível", observou.
Outro fator apontado por ele para a necessidade do rodízio é também a impossibilidade de preparar a equipe para um jogo em um intervalo tão curto. Como os titulares ou que jogaram mais de 45 minutos fazem apenas regenerativo por até dois dias, os treinamentos até o jogo contra ao Avaí serão basicamente com aqueles que não atuaram contra o Deportivo Cali, na quarta-feira.
"Com quem é que nós vamos trabalhar amanhã? Com esses que jogaram nós não vamos trabalhar, vão descansar para o próximo jogo. Vamos juntar, cinco, seis ou sete da base para se juntar àqueles de grupo que não jogaram hoje ou não jogaram muito tempo. Portanto, o que eu quero dizer é que nós, para mantermos um nível, para termos uma equipe competitiva daqui a três dias, vamos ter que mudar muitos jogadores. Não há outra forma e muito mais para evitar lesões. Os últimos 20 minutos está mais provado fisiologicamente são os que acarretam uma possibilidade de lesão muito maior. É com essa gestão que nós temos de levar as competições daqui para frente", concluiu.
