Fagner comenta sobre marca de 450 jogos pelo Corinthians, protestos da torcida e Copa do Mundo
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Por Meu Timão
Caso entre em campo nesta quarta-feira, Fagner chegará aos 450 jogos pelo Corinthians
Rodrigo Coca/Agência Corinthians
O Corinthians estreia na Copa do Brasil nesta quarta-feira, às 21h30, contra a Portuguesa, do Rio de Janeiro, pela terceira fase da Copa do Brasil. Um dos poucos titulares relacionados para o confronto, Fagner pode chegar aos 450 jogos pelo clube, caso entre em campo. O lateral-direito falou sobre essa marca e pincelou outros assuntos como sua preparação física, os protestos recentes e a Copa do Mundo de 2022.
“Eu projeto alcançar mais. Sou um cara que nunca imaginei que fosse conseguir alcançar 450 jogos com a camisa do Corinthians, tenho mais dois anos e meio de contrato e pretendo prolongar, chegar a 500, 550, 600 jogos. Sei que é difícil para um jogador de linha, ainda mais no futebol atual, mas isso vai ser uma coisa muito gratificante para mim e para minha história no clube, um clube que me formou e no qual estou tendo essa história vitoriosa e bonita", declarou o jogador, em entrevista ao ge.globo nesta quarta-feira.
"Espero alcançar mais marcas para deixar meu nome na história do clube e não ficar somente como um jogador que passou pelo clube, mas que construiu uma história legal e teve momentos bonitos”, completou.
Cria do Terrão, Fagner vive sua segunda passagem pelo clube desde 2014, vindo do Vasco. Hoje com 32 anos de idade, ressalta a importância do preparo e cuidado físico para se manter em alto nível, ainda mais com a dura sequência de jogos que o Corinthians vem vivendo.
“É sempre bom se cuidar, o futebol é cada vez mais intenso, a janela de um jogo para o outro é pequena. É importante se cuidar, suplementar bem, ter um acompanhamento em relação a tudo que possa nos beneficiar em termos de recuperação e performance. Hoje em dia é muito difícil, muito dinâmico, o quanto mais você puder prolongar a sua carreira se cuidando, quem ganha é você mesmo. Volto a falar de se cercar de pessoas boas: minha mulher se cuida muito e acaba me trazendo junto, me incentivando nisso também, é algo que procuro fazer para estar sempre bem, cada vez melhor. Quanto mais velho você fica, mais difícil é para recuperar. Mas, se cuidando, mesmo tendo 32 para 33 dá para ter fôlego de menino de 20”, comentou.
O lateral-direito, 13º jogador com mais partidas na história do clube e presente no Top-10 de assistências, é visto como um dos líderes do grupo atual. Nesse sentido, compartilhou sua visão sobre as cobranças recentes da torcida em cima de nomes mais experientes como Cássio e Paulinho.
“É óbvio que ninguém gosta de ser criticado, de ser cobrado. Infelizmente, o brasileiro tem memória curta. A gente só vai mensurar o que conquistou no dia em que parar. Quando eu parar e olhar para trás, vou falar: conquistei dois Brasileiros, Paulistas... Enfim, quero mais coisas. Quando a gente para é que tem a dimensão. A gente sabe que para o brasileiro não importa o que você conquistou, eles querem saber do momento, do próximo jogo, do próximo título. Você tem que estar sempre buscando estar bem, não dar ouvido às críticas, ter uma autocrítica muito grande e se cercar de pessoas boas. Quando a gente se cerca de pessoas boas, elas falam o que você precisa ouvir, não o que quer ouvir. Eu penso muito assim. Acho que, de certa forma, foram injustas as cobranças da forma que foram feitas ao Cássio e Paulinho, citando os dois que você mencionou”, pontuou.
Outra questão respondida por Fagner foi sobre uma possível convocação para a Copa do Mundo no Catar. Em resposta, ele destacou seu foco com o time da Zona Leste, mas afirmou que ainda “não jogou a toalha”. O jogador, vale lembrar, foi titular na Rússia em 2018 e esteve no banco de reservas da Copa América de 2019.
“Sempre falei, até quando vinha sendo convocado, que o meu principal objetivo é o Corinthians. Preciso estar bem no Corinthians e a equipe precisa estar bem, senão fica distante (das convocações). Se eu estiver bem, jogando bom futebol, bem fisicamente, tudo é possível. Não tem como eu falar: joguei a toalha. Não, não joguei. Mas ao mesmo tempo procuro fazer um paralelo: se acontecer, ótimo. Se não acontecer, o meu trabalho está sendo feito e continuado no Corinthians, que é o que eu sempre busquei. Deixo muito para a imprensa e para a torcida avaliarem se realmente eu estou bem a ponto de merecer uma convocação ou não, não vou fazer lobby dizendo que tenho que ir. Mas seria muito bom, seria o ápice da minha carreira ir para mais uma Copa. Ao mesmo tempo, eu estou bem pé no chão, procurando trabalhar e me cuidar. Se acontecer, vai ser da vontade de Deus, para eu estar bem, 100%, focado. Então é isso, trabalhar, estar bem e deixar nas mãos de Deus”, finalizou.
