Análise: Corinthians faz jogo pensando no futuro, mas corre risco no presente
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Por Tomás Rosolino
Ivan foi um dos estreantes da noite desta quarta-feira, no estádio do Café
Reprodução/Sportv
O Corinthians encarou a Portuguesa, do Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira, no Estádio do Café, em Londrina, mas pareceu estar com a cabeça no futuro próximo e em um mais distante. O 1 a 1 mantém certo risco em uma importante competição como a Copa do Brasil, mas será lembrado como marco inicial de várias histórias no clube.
Foi diante do time carioca que, por exemplo, o goleiro Ivan fez sua primeira partida pelo clube. Contratado por R$ 10 milhões vindo da Ponte Preta, ele pinta como sucessor de Cássio na meta alvinegra, ainda que a primeira impressão, com gol no minuto número um do jogo, não tenha sido a mais legal.
Quem também iniciou sua trajetória foi o zagueiro Robert Renan, atleta que esteve na Seleção Sub-18 no ano passado e é visto como um grande ativo do clube. Wesley, de apenas 17 anos, também marcou no seu currículo esse embate como início da sua história do Timão. Quiçá a torcida lembrará - ou será lembrada - disso no futuro.
Além do futuro do clube, que terminou o duelo com um time que tinha 22,8 anos de média de idade, Vítor Pereira também pensou na sequência de jogos que tem pela frente. O indício já havia sido dado com os relacionados, mas só foi crescendo à medida em que o tempo passava.
Um exemplo de que a cabeça estava voltada para os duelos contra Palmeiras, no sábado, e Boca Juniors, na terça-feira: Fagner, Jô e Adson, justamente o trio com mais possibilidade de ser titular ou no clássico ou contra os argentinos, saiu no intervalo. E não por desempenho.
Fagner foi a principal arma pelo lado direito e Jô fez o único gol da equipe. Ou seja, se quisesse o time mais forte para ganhar a partida, VP dificilmente teria tirado as peças que o deixariam mais perto do sucesso. 45 minutos para o trio pareciam ter sido definidos antes mesmo de a bola rolar.
Em campo, uma Portuguesa organizada e dedicada foi o bastante para dificultar o desentrosado Corinthians. O time podia ter vencido tanto quanto podia ter perdido, uma oscilação até natural para a equipe escolhida para entrar em campo.
Agora cabe a técnico e atletas fazerem valer os planejamentos para futuro e presente. Boas atuações no clássico, na Libertadores e uma obrigatória vaga são os nortes para o elenco corinthiano depois dessa igualdade.
