Beneficiado pelo rodízio e volta por cima após ano ruim: como foi o 2022 de Gil no Corinthians
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Por Mateus Pinheiro
Gol na Bombonera, beneficiado pelo rodízio e volta por cima após ano ruim: como foi o 2022 de Gil no Corinthians
Rodrigo Coca / Agência Corinthians
A defesa do Corinthans foi um dos pontos altos da temporada. Estabilizada após a chegada de Vítor Pereira, foram poucos os defensores mal avaliados pela torcida em 2022. Veteranos como Balbuena e Gil tiveram espaço assim como jovens como Raul, Méndez e Robert Renan.
Um dos que caiu de volta nas graças da Fiel foi o ídolo Gil, que vinha de temporada com desempenho abaixo do normal em 2021 e era alvo de críticas. Aos 35 anos, o jogador tem contrato até o final do ano e foi eleito pelos torcedores corinthianos como melhor zagueiro na época que passou.
Assim, o Meu Timão separa os momentos do ano do zagueiro Gil na temporada. Confira:
Começo com desconfiança e rodízio
Gil iniciou a temporada aternando a titularidade com João Victor e Raul Gustavo. Assim que Vítor Pereira chegou para o comando do elenco e implementou o esquema de "rodízio", dando menos tempo de campo aos veteranos para tê-los mais "inteiros" nas decisões, o desempenho de Gil cresceu.
O zagueiro que vinha sendo cobrado pela torcida, foi um dos ameaçados por criminosos após eliminação para o São Paulo no Paulistão, mas teve nível de atuação alto. Nas quartas de final do Paulista, inclusive, foi quem marcou o gol contra o Guarani que levou a partida aos pênaltis.
Consolidação e "pegou na goiaba"
Enquanto a temporada se desenvolvia, Vítor Pereira encaminhava um padrão de jogo nas competições mas passava a sofrer com baixas médicas. Uma delas foi a de Gil, que se ausentou em abril e voltou a sentir lesão em junho.
O zagueiro iniciou no banco de reservas em partida decisiva contra o Boca Juniors, na Bombonera, pelas oitavas de final da Libertadores. Ainda assim, deu tempo do camisa 4 entrar na segunda etapa e virar um dos nomes da partida.
Intransponível, o defensor foi o destaque dos minutos finais, vencendo todos duelos pelo alto. Na cobrança de pênaltis, foi dele o penal decisivo. Nas redes sociais, viralizou nos bastidores após o jogo quando revelou que a cobrança "pegou na goiaba", se referindo ao tornozelo.
Gol decisivo e zaga titular
Focado em "competir", como dizia, Vítor Pereira conseguiu ter em sua defesa uma linha segura, que foi reforçada no meio do ano com a chegada de Balbuena. Por vezes o português preferiu a velocidade e saída de bola de Bruno Méndez e Raul Gustavo, mas viu nos veteranos uma dupla titular com Balbuena e Gil. O brasileiro, inclusive, foi elogiado quando iniciou a "remontada" nas quartas de final da Copa do Brasil, ao marcar de cabeça contra o Atlético-GO na Neo Química Arena.
Terminou o ano como titular ao lado do jovem Robert Renan, que superou os concorrentes mesmo ainda aos 18 anos e ocupou a posição nas últimas rodadas.
Números pelo Corinthians
- Jogos disputados: 51
- Jogos como titular: 46
- Gols: 2
- Minutos jogados: 5284
- Vitórias: 21
- Empates: 19
- Derrotas: 11
- Cartões amarelos: 7
- Cartões vermelhos: 0
