Luxemburgo explica decisão de tirar Fagner e destaca importância das variações táticas
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Por Maria Beatriz de Teves, Rodrigo Vessoni e Matheus Quintino
Luxemburgo e Fagner durante confronto do Corinthians contra o América Mineiro, pela Copa do Brasil
Jhony Inacio / Meu Timão
O Corinthians viveu uma tarde de pura felicidade neste sábado ao conquistar uma vitória nos pênaltis contra o América Mineiro, após vencer por 3 a 2 no tempo normal. Depois do apito final, o técnico Vanderlei Luxemburgo compartilhou suas ponderações sobre o confronto, ressaltando os ajustes que foram feitos durante o intervalo.
“O técnico no futebol trabalha 15 minutos no intervalo do jogo, antigamente tinha o tempo técnico, mas desses 15 minutos, só tem de três a quatro minutos para trabalhar, e a possibilidade de fazer alguma coisa tática para fazer alguma coisa ou trocar jogador é no intervalo. Aí você fala: ‘No segundo tempo, o time foi melhor’. É claro, você vê uma série de coisas que você pode fazer e você faz com a equipe. Segundo tempo contra o Bragantino, segundo tempo contra o Athletico Paranaense… Então, essa coisa é do técnico. Você está ali fazendo o quê? Não está enxergando o jogo?”, explicou durante a coletiva de imprensa.
Vanderlei Luxemburgo, então, enfatizou a importância de sua decisão estratégica de substituir o lateral-direito Fagner, que estava pendurado com um cartão amarelo, pouco tempo depois do retorno para a segunda etapa. O treinador também aproveitou para destacar o trabalho de preparo psicológico realizado com seus jogadores.
“O Fagner tomou um cartão amarelo e o melhor jogador do time deles ficava em cima dele ali, então como você vai fazer? Você vem do intervalo do jogo, com o Fagner amarelado, e eu não podia mostrar de cara as mudanças do meu time, porque eu achava que o (Vagner) Mancini já iria tomar providências. ‘Ah, o Luxemburgo mudou fulano e beltrano’. Não, eu deixei o jogo caminhar um pouquinho para poder fazer a mudança. Aí, eu botei o Bruno Méndez ali e eu precisava de um jogador passando mais pelo lado. Eu pedi isso no intervalo para Renato (Augusto), Matías (Rojas e Fausto (Vera). Eu botei o Ruan (Oliveira), porque ele tem essa característica da passada por ali. Acho que o gol até saiu por isso”, falou Luxemburgo.
“Com respeito à parte psicológica, tem que falar as coisas que são do futebol. Muita coisa acontece ao mesmo tempo. [...] Eu acho que você tem 90 minutos para fazer o gol, então a primeira coisa que eu precisava fazer era tirar a vantagem do América, transferir a parte emocional para o América. Nós tiramos a vantagem, aí colocamos a vantagem e quem se expôs foi o América, tivemos a chance de matar o jogo e não fizemos, aí o América fez o gol e nós fizemos de novo. Então, acho que foi um jogo cheio de alternativas e uma baita quarta de final”, completou.
O comandante corinthiano ainda aproveitou o momento para destacar a versatilidade tática de sua equipe. Luxemburgo ressaltou que o time do Corinthians tem sido montado de acordo com as características dos adversários, sem se prender a um esquema tático fixo.
“Eu joguei com três zagueiros? Joguei. Ganhamos, não ganhamos? Então, a gente tem mais de uma opção. Nessa de hoje, eu joguei com linha de quatro. Ah, mas o Luxemburgo mexe muito no time. Por que eu mexo muito no time, com os outros todo mundo mexe, faz variações táticas, vai e bota três zagueiros, bota linha de quatro, bota três no meio-campo, bota 433. É normal. Nós temos que usar os jogadores de acordo com os adversários. Então, esse losango de hoje é feito há bastante tempo. Agora, eu tenho que encaixar, a marcação precisa ser mais adiantada, como nós fizemos hoje para não deixar o jogador sair jogando. Essas variantes táticas estão bem tranquilas”, disse o comandante corinthiano.
