Luxemburgo sob pressão: atletas insatisfeitos com organização do time e climão com Mazziotti
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Por Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
A insatisfação de boa parte da torcida do Corinthians com o trabalho de Vanderlei Luxemburgo também existe internamente no CT Joaquim Grava. Segundo apuração do portal Meu Timão, alguns atletas estão bastante aborrecidos com a organização do time.
O maior incômodo é com a falta de qualidade e consistência defensiva, que proporciona inúmeras chances aos adversários. Essa insatisfação interna, aliás, é ratificada por algumas plataformas especializadas em estatística.
De acordo com o Sofascore, por exemplo, o Corinthians sofreu 150 finalizações nos últimos sete jogos como visitante - equipe não venceu no período. Isso dá uma média de uma finalização contra a meta a cada menos de cinco minutos.
A ligação de Luxemburgo com os atletas é outro aspecto que parece não contribuir com a fluidez do trabalho. Pessoas que trabalham no CT Joaquim Grava ouvidas pelo Meu Timão contaram que a relação dele com parte do elenco, apesar de respeitosa, é de muita frieza.
O climão com o fisioterapeuta Bruno Mazziotti é um terceiro aspecto que vem sendo obstáculo para um melhor trabalho de Luxemburgo, segundo apuração do Meu Timão.
O profissional, que coordena o Núcleo de Saúde e Performance no CT Joaquim Grava, tem tomado decisões que desagradam ao treinador. O mesmo acontece com Mazziotti em relação a medidas tomadas pelo treinador.
Coincidência ou não, Fagner, Fábio Santos, Renato Augusto, Lucas Veríssimo e Fausto Vera não atuaram contra o Fortaleza por problemas médicos e/ou físicos. Na coletiva, Luxemburgo não economizou nas explicações médicas, caso a caso, para tantas ausências.
Em tempo: em um dos poucos treinos abertos antes da discussão acalorada antes do duelo com o Goiás, Mazziotti esteve dentro de campo com os atletas. Na última segunda, quando a imprensa voltou a ter acesso ao CT, o fisioterapeuta ficou na parte interna.
Jogadores começam a externar insatisfação
Após a classificação na Sul-Americana, mesmo levando 30 chutes a gol do Estudiantes-ARG, o goleiro Cássio não reclamou publicamente da postura do time. Pelo contrário: ficou bravo com quem enalteceu o número de chances criadas pelo adversário. Após o revés em Fortaleza, o goleiro mudou o discurso.
"Não conseguimos ficar com a bola, uma hora iríamos tomar o gol. É lei do futebol, a gente tem que ficar mais atento, mais ligado e tentar evitar os gols.", falou o camisa 12 ao Premiere.
O volante/meia Giuliano também não pareceu incomodado na Argentina apesar do bombardeio contra o gol corinthiano. No vestiário do Castelão, o discurso foi distinto. Com direito a elogios da parte tática do rival cearense.
"O Fortaleza tem um esquema tático muito bem definido, cria muito com dois volantes que participam muito do jogo, jogadores importantes, que dão o ritmo da partida, jogadores que nós precisamos marcar. Eles têm uma situação de meio-campo bem organizado, bem treinados, colocaram a gente em dificuldade nessa situação com o Marinho por dentro, Tinga passando, às vezes jogando por dentro, como volante, terceiro homem de meio. É uma equipe bem treinada, a gente tem que entrar muito atento, vamos estudar, vamos ver o que fizemos de bom, o que precisamos melhorar para estar bem no jogo pela Sul-Americana", afirmou.