Presidente do Cianorte se revela torcedor do Corinthians e explica o alto preço dos ingressos
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Por Meu Timão
Nesta quinta-feira, o Corinthians estreia pela primeira fase da Copa do Brasil diante do Cianorte, às 20h, no Estádio Willie Davids, em Maringá. O que o Timão não esperava é que o adversário contasse com um torcedor do clube alvinegro.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Lucas Franzato, presidente do time paranaense, admitiu que, na infância, era um torcedor fanático do Corinthians. O mandatário reforçou que, ao mergulhar no universo do futebol, perdeu um pouco a paixão da torcida, mas guarda com carinho os momentos vividos junto ao Timão.
"Eu torço sim (para um clube de São Paulo). Não posso dizer nada, porque minhas redes sociais são muito claras, mas de criança e tudo, eu sou corinthiano. Acabei vivendo o Corinthians muito forte, é claro que depois de entrar no futebol, a gente acaba não vivendo mais isso, se dedicando e tudo mais. Eu, de criança, era um corinthiano bastante fanático, sempre fui apaixonado por futebol", disse Lucas.
O presidente, porém, negou coração dividido para o duelo decisivo pela Copa do Brasil. Ele relembrou o único enfrentamento entre os clubes, em 2005, que culminou numa goleada do Corinthians após derrota por 3 a 0, no Paraná. Lucas enxerga que o jogo único desta quinta-feira é o momento para fazer história.
"Não dá pra falar em (coração) dividido, não. Em 2005, eu lembro até que até tinha o sentimento, talvez não dividido, até por ser o (time) da cidade, um momento histórico. Mas amanhã, poxa, a gente sabe que o Corinthians tem muitas Copas do Brasil, ganhou muitos títulos, vai continuar ganhando, bicampeão mundial e tudo mais. Amanhã é dia, quem sabe, do Cianorte fazer história. Só jogos iguais a esse que podem mudar o patamar do clube, comissão técnica e jogadores. É em cima disso que vamos lutar, fazer o melhor para um grande jogo, tenho certeza de que vamos competir muito", comentou.
Além disso, o presidente do Cianorte se explicou após protestos da torcida corinthiana em frente ao estádio devido aos altos preços dos ingressos. Segundo ele, alguns fatores foram levados em consideração, inclusive uma proposta milionária de Cascavel, cidade que fica a 273 km de Maringá, para receber a partida. O Corinthians, vale lembrar, tem direito a 40% da renda líquida, conforme estipulado no regulamento da CBF.
"Eu concordo que não é barato. O futebol é um esporte popular, é feito de massa e é do torcedor que vive. Eu não vou discordar que o preço é alto ou que poderia ser mais barato, mas tem alguns fatores. Primeiro, fizemos algumas pesquisas recentes de alguns jogos da competição. Segundo, são 19 anos que não tem um jogo oficial do Corinthians em Maringá, jogo único, só lembrando isso. Outro dado importante é que tivemos uma proposta gigantesca de Cascavel, acima de R$ 2 milhões para levarmos o jogo, antes de a gente esgotar os ingressos. Lembrando que 40% da receita é do Corinthians e 60% do Cianorte. A receita não é só nossa. Mesmo esgotando os ingressos, a gente não tem o valor que teríamos jogando em Cascavel", destrinchou.
A repercussão dos valores, que variavam entre R$ 190 e R$ 290 a meia-entrada, levou também à manifestação de Ulisses Maia, prefeito da cidade. A escolha financeira não foi a única razão, mas teve peso importante na decisão do clube paranaense.
"Não foi uma escolha só financeira, mas óbvio que foi importante. Outro dado é que o Flamengo jogou ano passado aqui contra o Maringá a R$ 190 o ingresso, esgotou o primeiro lote em 18 minutos e o outros dois no dia seguinte. Tem um movimento regional já de preço, capacidade do estádio e, claro, uma necessidade financeira do clube. Concordo que o valor é alto, não é o que gostaríamos. Queria ter um estádio para 50 mil e cobrar um terço do valor, mas não é possível. É algo que dói, machuca, mas junto com sócios, com alteração do Maringá, mas foi baseado em consenso nesses valores. Os protestos fazem parte, tudo que for pacífico não tem problema nenhum", finalizou Lucas.