Diretor do Corinthians revela estágio de parcelas da Neo Química Arena e renegociação junto à Caixa
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Por Matheus Fiuza, Gustavo Lima e Vitor Chicarolli
Na noite desta segunda-feira, o Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou as contas do clube referentes a 2023. Presente na votação, Rozallah Santoro, diretor financeiro do Timão, detalhou a situação da Neo Química Arena.
Em 2024, vale lembrar, o Corinthians terá que pagar R$ 78,4 milhões à Caixa Econômica Federal pelo financiamento do estádio. O valor é dividido em quatro parcelas trimestrais, com diminuindo ao longo do ano. O diretor alvinegro explicou que o Timão ainda pagou parcialmente a primeira, prevista para março, e deu previsão para as próximas.
"(A atual parcela) vence em junho. A primeira venceu em março e vai ser quitada em maio, foi parcialmente paga. E essa outra de junho vai ser parcialmente paga no vencimento, mas provavelmente quitamos até agosto, antes do vencimento da próxima", disse Rozallah.
A primeira parcela está na casa dos R$ 21,5 milhões. Porém, Rozallah Santoro afirmou que apenas R$ 17 milhões foram pagos, sendo que não há previsão de possíveis valores garantidos a serem repassados para a Caixa. O acordo entre clube e banco é realizar o pagamento de R$ 200 milhões entre 2023 e 2024 devido a juros de disputa judicial em anos anteriores.
"(O pagamento parcial) é porque é o que temos de disponibilidade para fazer o pagamento. A parcela é de aproximadamente R$ 20 milhões, essa parcial foi paga R$ 17 milhões. A de junho não consigo antecipar o quanto vamos ter condição de honrar a parcela", completou.
Além disso, o diretor financeiro comentou sobre a renegociação junto à Caixa para quitação da Neo Química Arena. Em fevereiro, após recusa da proposta feita pela gestão do ex-presidente Duilio Monteiro Alves, Augusto Melo e membros da alta cúpula alvinegra foram a Brasília e se reuniram com o presidente da Caixa. Segundo Rozallah, novas alternativas já foram apresentadas.
"Não é uma renegociação do financiamento, já foi renegociado no final de 2022, assinado em outubro. Essa negociação vai prevalecer. O que estamos conversando com a Caixa, desde a primeira reunião em Brasília, são alternativas para quitar ou endereçar essa dívida. Temos quatro linhas de trabalho, depois da reunião em Brasília, tivemos mais três com a Caixa, então os temas estão evoluindo. Vamos tentar emplacar as quatro alternativas e eventualmente alguma vai ficar pelo caminho. Temos a convicção de uma solução técnica para a Arena", finalizou.
Atualmente, a Neo Química Arena representa R$ 703,1 milhões da dívida total do Corinthians que, segundo balanço financeiro aprovado no Parque São Jorge, está em R$ 1,968,8 bilhão. A casa do Timão, vale destacar, vem de um 2023 com gastos maiores e arrecadação menor com jogos.