IR e bancos inflam dívida total do Corinthians
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Por Meu Timão
O Imposto de Renda e os empréstimos bancários foram os principais fatores para elevar em um terço a dívida corintiana no ano passado. O valor do passivo atingiu quase R$ 195 milhões.
No entanto, a diretoria do clube não se mostra preocupada com isso, já que a receita também cresceu. E afirma ter feito investimentos.
Para fechar a sua conta em 2010, o Corinthians aumentou em 75% seu endividamento com bancos. O número saltou a R$ 47,7 milhões.
São débitos em que o clube paga juros entre 1,42% a 1,9% por mês. Em 2010, gastou R$ 13 milhões com taxas.
"O clube é dinâmico. Às vezes, você tem que pagar cem e precisa de recursos. Tomamos a melhor decisão sob o ponto de vista do fluxo de caixa", declarou o diretor de finanças do Corinthians, Raul Corrêa da Silva.
O dirigente lembrou que o dinheiro foi utilizado em investimentos: compra de direitos sobre jogadores e melhorias no Centro de Treinamento. Foram R$ 45 milhões gastos nesses itens.
Além dos bancos, houve um salto na dívida do clube com o governo federal.
O débito referente ao Imposto de Renda do Corinthians teve um aumento de 144% em 2010. Atingiu um total de R$ 25,5 milhões.
O valor de INSS que o clube terá que recolher também quase foi triplicado no ano passado. Agora, representa um total de R$ 8,3 milhões.
Nenhum desses valores está incluído na Timemania, que parcela outros R$ 55 milhões em dívidas fiscais.
Corrêa da Silva deu explicação genérica sobre o aumento da dívida com o governo. "O clube está tocando sua vida", disse. O Corinthians pagou R$ 7,4 milhões em tributos no ano passado.
Essas despesas bancárias e tributárias elevaram o passivo a quase R$ 200 milhões --a reportagem desconsiderou "Receitas a realizar" (dinheiro a ser recebido) e "Direitos de imagens" (salários de atletas que serão pagos).
O Corinthians só considera sua dívida líquida (débito total, menos créditos a ser recebidos): R$ 122 milhões. "Caiu o peso do dívida em relação à receita", analisou o cartola.
De fato, sua renda atingiu R$ 212 milhões em 2010.
Fonte: Folha