Oilson Reis
Pois é.
em Análise dos jogos > Falando o óbvio
Em resposta ao tópico:
Dizem que todo brasileiro se julga técnico de futebol, e assim sendo seríamos 210 milhões de entendedores desse esporte. Já que estou incluído me vejo no conforto de palpitar, embora reconheço não ser nenhum comentarista profissional.
Assistindo a entrevista de Vanderlei Luxemburgo dei boas risadas quando ele diz sobre o modismo no futebol: transição ofensiva, transição defensiva, marcação alta, marcação baixa, termos atuais para definir o que se pratica no futebol há muito tempo. Alguém se lembra do saudoso Cláudio Coutinho, técnico da seleção em 1978 (overlaping, ponto futuro, polivalente, etc.)?
Mas Luxa tem razão. Querer inventar algo já inventado é demais! O português Jorge Jesus vem sendo aclamado pela mídia por fazer seu time jogar de forma eficiente. Muitos acham que é inovação, quando na verdade se trata do ÓBVIO, até já abordado na coluna do 'corinthiano ' Juca Kfouri.
O time do português marca a saída de bola do adversário e troca passes, de preferência, de primeira, sem firulas. O óbvio. Telê Santana também era adepto disso.
Quando se marca por pressão na saída de bola a chance de recupera-la, seja por seu mérito ou por falha do adversário, é grande! A marcação é feita pelos homens de frente deixa a bola fica mais tempo no ataque, gerando mais chance de gols, dando a impressão que o time ataca incessantemente. Bom pros atacantes que voltam menos para o campo de defesa e consequentemente estão menos cansados. O toque de primeira é o passe básico no futebol, basta o companheiro se apresentar ou se posicionar próximo do local onde a bola será lançada (ponto futuro).
A pergunta que fica é: se isso é ÓBVIO e você tem jogadores com o mínimo de condições de técnica de executar, porque não fazer? Porque recuar todo um time desgastando-o fisicamente em todos os jogos? Porque o ÓBVIO não é treinado?
O português tem méritos, mas citei aqui 3 brasileiros que há muito já faziam isso: Cláudio Coutinho, Telê Santana e Vanderlei Luxemburgo.
E então, Carille?