Pense em alguém que jogou a Bundesliga alemã mas não era aqui conhecido.
Alguém que foi contratado pelo Time do Povo e foi protagonista na conquista do Mundial no Japão em 2012.
Que passou a ter fama nacional e alçado à ídolo da nação alvinegra.
Cobiçado por demais times, trocou a idolatria eterna por um pouco mais de dinheiro.
E aí começam os seus infortúnios:
- sai do Timão e deixa de ser campeão brasileiro em 2015 e 2017 e paulista em 2017,2018 e 2019.
- vai para o time dos mulambos e além de ganhar um 'carioquinha' (se é que vale alguma coisa), pega um gancho por doping na sua seleção.
- quase fica fora da Copa do Mundo, que o seu país aguardava há 36 anos.
- com prestígio abalado vai para o time do DVD e vê o time dos mulambos disputar a final da Libertadores justamente em sua terra natal.
Puxa, Guerrero, essa história poderia ser diferente. Um dia a bola acaba e o que fica é a idolatria.
Já pensou se ainda estivesse no Timão, além da coleção de títulos acima, e a nossa diretoria não o liberasse pra sua seleção na época do exame antidoping?
Se você tivesse feito os gols perdidos por Lucca e André na fatídica partida contra o Nacional-URU na Libertadores 2016? Teríamos avançado de fase rumo a mais conquista da América. São hipóteses? Sim, mas plausíveis!
Já tivemos centroavantes muito mais técnico que você: Mirandinha (o primeiro), Palhinha, Casagrande, Viola, Luisão (nem preciso citar Carlitos Tevez e Ronaldo fenômeno), mas é reconhecido que você, Guerrero, sempre representou bem o nosso manto, enquanto o vestia.
Mas que poderia ser diferente, poderia.

P.s. Ainda bem que você não fez nenhuma graça na Arena no último domingo.