Rafael Amorim Apoiador
Esses números dizem tudo.
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em Bate-Papo da Torcida > Analise: Corinthians ainda é café com leite na Liberta
Em resposta ao tópico:
Reparem numa coisa em jogos de times mais amadurecidos na principal competição sulamericana: quando um árbitro marca falta em lances duvidosos, os jogadores o cercam, o pressionam, especialmente se são os donos do campo. Times argentinos e uruguaios, os grandes campões, são especialistas em deixar o juiz complemente sem parafuso em jogos decisivos.
Vocês viram que, no lance faltoso em cima do Boseli, nenhum corinthiano cercou o árbitro? Não chegou nem pelo menos 3 jogadores o encarando e questionando a não marcação de falta?
Logo, no lance seguinte, uma falta inexistente do Gil. Incrível! A falta foi marcada e, no máximo, uma lamentaçãozinha aqui e ali dos jogadores! Uma equipe argentina como o Boca, River, Independiente, assustariam tanto o assoprador de apito com relação ao lance que chegaria a momentos verdadeiramente teatrais, dramáticos, quase como se estivessem fazendo uma guerra, um protesto revolucionário: xiliques em campo, técnico e comissão invadindo a grande área, gestos pedindo pelo VAR! Mesmo que um ou dois argentinos fossem amarelados pelo juiz, este não teria sossego, estaria com os nervos tão a flor da pele que rapidinho, pelo estresse, cederia a pressão dos mais fortes.
Viram isso nas atitudes dos jogadores do Corinthians? Não.
Quantos jogos mesmo já nos garfaram? Olha, perdi a conta...
Quantos jogos o goleiro adversário fez cera, especialmente no tiro de meta, e todos se calaram? Vários.
Pessoal, o juiz que apitou nosso jogo, como tantos outros, fez um verdadeiro passeio. Passou incólume. Não teve estresse! Não teve conflito! Ele veio, deitou e rolou, como assim também fizeram os adversários.
Em tempo: o Timão, a despeito dessa falta de malícia típica do torneio, também é ingênuo em outro aspecto: deixar o adversário respirar. Até o momento em que não deixou o Guarani com a bola, fez os dois gols. Mas no segundo tempo, bastou se acomodar, dá-la ao adversário para atacar que, com a falta de atrevimento e de atitude dos nossos jogadores em não protestarem nos lances que se seguiram, deu no que deu. E aí, mais cera do goleiro, mais nervosismo, mais...eliminação. Vexatória eliminação! Talvez, também, porque se nossos atletas tivessem a sensibilidade da nossa torcida que reconhece que cada adversário se agiganta contra nós, seria o time paraguaio a voltar mais cedo pra casa...
Não se ganha apenas com milagre, torcida e raça na Libertadores. Tudo isso é acessório. O principal se chama inteligência. Enquanto não vier um técnico com esse perfil, maturado na competição, que ensine nossos jogadores como se joga um torneio de adultos, atuaremos ainda feito crianças...
Vai Corinthians!