Armandinho Silva
Piton pra ontem, como titular.
Avellar bota na zaga pra vê si rende mais..
Sidcrey reserva imediatamente..
Carlos vende para o Bragantino, para o oeste..
em Notícias > Lateral-esquerda do Corinthians: três nomes, três opções diferentes
Em resposta ao tópico:
A lateral-esquerda do Corinthians sofreu em 2018 e 19. Danilo Avelar foi o dono da posição e o nível de desempenho foi baixo. Com o camisa 35 por lá, o resto do time se tornava desequilibrado, Carille perdia a força do contra-ataque pelas pontas, mas a titularidade do lateral se garantia a cada gol em bola parada que marcava.
Em 2020, chegou Tiago Nunes, e Avelar foi logo de cara realocado para a posição de zagueiro. Restava saber quem assumiria a vaga. Se especulou Arana (novamente!), mas o repatriado foi outro: Sidcley.
Apesar de elogiada a chegada, logo foi colocada em cheque, afinal, o jogador retornou ao Brasil depois de quase um ano sem jogar, acima do peso e fora de forma. Essa situação não se normalizou na pré-temporada e o titular se tornou um jovem que se destacava na base e em um jogo como profissional em 2019, já tinha uma assistência: Lucas Piton.
E caso você esteja se perguntando, quem será o terceiro, não esqueça! Carlos Augusto, que iniciou a temporada entre os descartados por Tiago Nunes, se tornou titular de maneira surpreendente nos últimos dois jogos antes da pausa.
Assim, para analisar qual seria a opção mais coerente, apenas de olho no desempenho e os números de cada um em 2020, o SCCP Scouts traz:
Lucas PITON
O jovem impressionou pela compostura e tranquilidade para jogar entre os profissionais após partir direto de uma fase de grupos da Copinha para uma pré-temporada nos Estados Unidos.
Até a parada, foi o único entre os laterais (além de Fagner, líder do quesito) envolvido em jogadas de gol: participou diretamente de dois.
Nas duas situações, deu a chamada “pré-assistência”. Nas duas, ao invés de lançar-se à linha de fundo, parou no segundo terço do campo de ataque e buscou o centroavante no meio, quebrando a linha de zagueiros.
Contra o Mirassol, Boselli ajeitou para Ramiro. Já enfrentando o Botafogo-SP, foi Ramiro quem brigou pela bola, que sobrou para Boselli marcar.
Além disso, em 10 jogos, criou 8 chances de gol e manteve boa média de acertos de passes, com 82%. Aparece como melhor opção.
SIDCLEY
Se perguntado à Fiel a maior decepção de 2020, Sidcley é o nome garantido. O lateral que teve ótima passagem em 2018, marcado pelo apoio frequente ao ataque.
Sem explosão física e “combustível” pra sustentar o forte do seu jogo, que era cobrir a área lateral de linha a linha do campo, Sidcley acabou crucificado pela torcida.
Foi notável em seus jogos o posicionamento na “zona morta” dos laterais, que é quando o jogador da função não participa do ataque por estar longe do terço final e não recompõe até a linha de fundo pela simples falta de “stamina”. Isso resulta na falta de opções para os atacantes e o excesso de bolas nas costas no setor defensivo.
A corneta, no entanto, tem razão e entra na lista de erros de Tiago Nunes: insistir no lateral nos jogos decisivos do ano. O camisa 16 decepcionou nos dois combates contra o Guaraní, pela Libertadores, e foi substituído em ambos.
Incapaz fisicamente, viu a intensidade – ou falta dela – ser sua maior inimiga. Acabou, assim, jogando 300 minutos em 6 jogos, e criando apenas 4 chances de gol. Vai demorar para conquistar sua vaga.
CARLOS Augusto
Carlos Augusto foi uma surpresa de Tiago Nunes. Como já analisado aqui no SCCP Scouts, o lateral-zagueiro apareceu como opção para a segunda alternativa de saída de bola do treinador.
Se Camacho não voltar para a saída lavolpiana, com três zagueiros, TN viu como alternativa a subida do volante e a inclusão de Carlos como um terceiro zagueiro na hora da criação. Isso lhe rendeu 158 minutos na lateral do Corinthians e 2 chances criadas.
A opção dá superioridade numérica no setor de saída e mais liberdade para Fagner subir e os volantes aparecerem nos buracos do meio-campo. Circunstancial o uso de Carlos para momentos de defesa mais exigida.
Afinal, se até o renomado zagueiro Gil esteve recebendo críticas, se dá em grande parte pela ineficácia das duas primeiras opções na defesa, uma com cada motivo. Se nem volantes, nem laterais conseguem “morder”, o atacante chega inteiro ou dobrado para os becks se virarem.
Tiago Nunes tem tempo curto – infelizmente – para achar esse equilíbrio. Muito dele passa por essa coerência na lateral do Corinthians.
Por Mateus Pinheiro
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