Gabriel Monteiro
Daqui a pouco mais de um mês haverá eleições no Timão, Andrés Sanchez deixa o segundo mandato como presidente do Corinthians marcado na história, participou da 'reconstrução' do clube em 2008 depois da saída de Dualib e do grupo MSI em 2007, fez parte da construção de uma das gerações mais vitoriosas do clube, trouxe craques como Ronaldo Fenômeno e Roberto Carlos, além dos títulos da Copa do Brasil, Paulistão e Brasileirão foi na gestão de Sanchez que formou-se a base que viria a ser campeã da América no ano seguinte, ainda na gestão Andrés em 2011 a sonhada 'casa do povo' começou a se tornar realidade.
Em 2012 o Corinthians conquistou um dos títulos mais importantes de sua história, a tão sonhada Libertadores, no fim do mesmo ano sagrou-se campeão mundial.
Os anos se passaram, hoje Neo Química Arena é a casa de nós corinthianos, mas a conta chegou e ela é alta, Sanchez retornou ao parque São Jorge em 2018 com a promessa de pagar a Arena, após diversas tentativas os Naming Rights foram vendidos por R$ 300 milhões de reais por 20 anos, o problema é que Corinthians deve muita gente.
Só com a Caixa o Corinthians deve cerca de R$ 536 milhões, aparentemente a dívida de R$ 150 milhões com a construtora Odebrecht será 'perdoada', a empresa vive uma recuperação judicial.
Desde março de 2018 o cartola já contratou 38 atletas (contando Fábio Santos), jogadores como Jonathas e Roger não deixaram nenhuma saudades.
Em dezembro de 2019 a dívida do Corinthians era de R$ 665 milhões, em junho deste ano alcançou a casa dos R$ 900 milhões, a venda de Pedrinho poderia ajudar a estancar o rombo nas contas, mas até agora o dinheiro não chegou.
O perfil das dívidas do Corinthians são:
A pagar no curto prazo:
R$ 91 milhões a mais em fornecedores
R$ 68 milhões a mais em direitos de imagem
R$ 29 milhões a mais em empréstimos
R$ 5 milhões a mais em impostos parcelados
R$ 5 milhões a mais em outras contas a pagar
R$ 46 milhões a menos em salários e encargos
A pagar no longo prazo:
R$ 100 milhões a mais em impostos parcelados
R$ 4 milhões a mais em fornecedores
R$ 16 milhões a menos em empréstimos]
Sanchez deixa o Timão afundado em dívidas, sua gestão marcada pela montagem de elencos fracos, para completar o time passa a sofrer com o fantasma de um novo rebaixamento.