Rafael Morais
Clube social fazia sentido em São Paulo quando não havia tantas opções de lazer como hoje.
Os prédios e casas não contavam com a infra provida pelos clubes. Pagando o título e as mensalidades adjacentes o sujeito passava a ter acesso à piscina, quadras poliesportivas, restaurantes e lanchonetes. Isso sem contar a questão do convívio social, a possibilidade de criar novos laços de amizade dentro de um ambiente controlado e seguro.
Para os clubes formados a partir de agremiações esportivas - caso do Corinthians- ainda havia o bônus de poder frequentar um local onde invariavelmente a equipe realizava seus treinos, e tudo estava decorado conforme o objeto de paixão do associado (caso dos torcedores do time).
O crescimento populacional desenfreado nos grandes centros urbanos elevou a demanda por moradia. Só que os espaços físicos são limitados, então cada vez mais prédios foram erguidos na cidade. Precisando se diferenciar, as construtoras passaram a incluir nos projetos justamente o que os futuros moradores valorizavam - áreas de convivência comum que também permitissem o entretenimento e a prática de esportes. E tome prédios com apartamentos cada vez menores porém providos de piscina, quadras, academia, churrasqueira, salão de festas, etc.
O argumento era lógico. Em uma cidade cada vez mais populosa e violenta, por que deixar o conforto do seu condomínio para aproveitar os momentos de lazer? O investimento em um desses apartamentos era acompanhado da economia obtida com o cancelamento da associação no clube.
É difícil convencer alguém que paga aluguel e condomínio (taxa que serve justamente para garantir a manutenção dos benefícios contidos no prédio) a desembolsar um dinheiro a mais em um título para poder frequentar um espaço que conta com as mesmas facilidades que ele tem em seu 'quintal'.
Os clubes sociais nunca repensaram seu modelo de negócio para sair dessa arapuca.
Sua ideia não é ruim, só acho que não é o que vai fazer com que a parte social deixe de ser deficitária.
em Bate-Papo da Torcida > Baixar o valor do clube social para todos serem sócios e ter direito...
Em resposta ao tópico:
Estava aqi pensando, hoje não moro em Sp, moro em Rondônia. Sou fiel torcedor, mas não tenho benefícios nenhum, ok, mas a intenção é ajudar o clube. E se ao invés de pagar o fiel torcedor eu pudesse pagar para me tornar sócio do clube social.
Fazendo uma pesquisa rápida ví que para se tornar sócio tenho que desembolsar 2 mil reais e pagar mais uma mensalidade de 150, isso individual, vi que tem alguns planos família que custam 3 mil, mais 150 ou 200 reais de mensalidade por dependente.
Pessoas de fora de sp se torna inviável ser sócio do clube, pois é caro e dificilmente podera utilizar as dependencias. Mas e se tivesse uma opção para pessoas de fora de sp que esporadicamente vão a capital Paulista. Por exemplo, um valor mensal apenas, sem desembolsar 2 ou 3 mil na aquisição, não seria mais viável? Pois ajudaria o clube social que td ano tem prejuízo, e com isso teria direito a voto, pois dificilmente acho que um dia o fiel torcedor dara tal direito. O que vocês acham?