Maicon Custódio
Há uma reação enérgica quando criticamos alguns medalhões do elenco e dizemos que, talvez, o tempo deles prestarem seus serviços ao Corinthians tenha acabado. Lemos comentários nos chamando de ingratos ou relembrando a gloriosa e vitoriosa história que eles têm no clube. Cássio é um dos maiores de nossa história, Jô foi o primeiro artilheiro corinthiano da história do Brasileirão, Fábio Santos ganhou tudo por aqui. Mas, a idade chega para uns, a decadência técnica para outros, e há os que são atingidos pela cobrança que o corpo tem a fazer por uma vida de exageros e pouco comprometimento com a profissão de atleta profissional.
Quero refrescar a memória de vocês porque vejo um filme se repetindo. Há algum tempo a discussão envolvia outros nomes: Emerson, Ralf e Jadson. Apegados à história, muitos corinthianos achavam que eles deveriam ter cadeira cativa e continuar vivendo às custas do clube, mesmo sem entregar absolutamente nada em troca. A prova viva de que Tiago Nunes e a diretoria acertaram à época é clara: Onde e com que relevância Ralf e Jadson continuaram suas carreiras? O tempo passou, os caras já não eram mais os mesmos. O ciclo encerrou, ora bolas. Ficou claro que não tinham condições de continuar jogando no Corinthians e que os críticos estavam certos.
Sendo assim, não achem que quem questiona os medalhões está cuspindo na história deles ou dizendo que são menores do que são. O futebol tem espaço para gratidão e reconhecimento, despedidas festivas, estátuas e bustos. Mas também tem espaço para fim de ciclo, fim de passagem, fim de carreira. Pensem bem nisso antes de desejar que alguém permaneça no clube por causa da história ou mesmo na hora de repatriar alguém que já saiu daqui há uma década e não tem status atual para voltar a vestir a nossa camisa.
Todo respeito aos gigantes de nossa história.
Mas toda história tem começo, meio e fim.
#vaicorinthians
#forasilvinho