Silva Silva
A diferença que em copa do mundo isso as vezes acontece, pois dentro de um mês de competição uma seleção encaixa e vai no embalo. Nem sempre vence a melhor, vence aquela que tem qualidade e acima de tudo faz um bom mês de copa do mundo.
Na Libertadores um mês bom não adianta, precisaria incorporar por toda a fase mata-mata e sinceramente não acredito.
em Bate-Papo da Torcida > O único jeito de dar certo é se o elenco tiver CULHÕES e incorporar...
Em resposta ao tópico:
Na Copa de 82 a Itália chegou desacreditada à Espanha.
O futebol no país atravessava uma onda de escândalos, em especial por conta do recém descoberto esquema de manipulação de resultados no torneio nacional. Grandes clubes foram punidos com o rebaixamento, e um centroavante de destaque (Paolo Rossi) - que viria a ser convocado - foi punido com dois anos de suspensão por conta de suposta participação no crime.
O grupo, liderado pelo técnico Enzo Bearzot, apanhava da imprensa diariamente. Teve um desempenho sofrível na primeira fase, com três empates em três jogos (Polônio, Peru e Camarões), só conseguindo a classificação em um dos critérios de desempate - gols marcados. A torcida italiana não tinha fé alguma em seu selecionado.
O regulamento da época previa uma segunda fase, onde a Itália cairia em um grupo com Brasil e Argentina. O melhor avançaria para a semifinal. Nem os familiares dos jogadores apostavam na classificação da Azzurra.
Quanto tudo conspirava a favor do fracasso, o grupo se fechou. A primeira medida foi evitar o contato com os jornalistas, ávidos por qualquer fato que pudesse dinamitar o elenco. Foi preciso que os atletas utilizassem as críticas como combustível para mudar aquele panorama. Era necessário que eles acreditassem em seu potencial e que comprassem fielmente a ideia do treinador para o restante do certame.
E foi o que aconteceu. Bateram os argentinos e os brasileiros, com Paolo Rossi fazendo chorar os fãs do mágico futebol canarinho de então. Deslancharam na semi e protocolaram o troféu na finalíssima.
O futebol é um esporte coletivo. Um time é tão forte quanto o seu elo mais fraco. Uma equipe que seja consistente do ponto de vista psicológico tem grandes chances de eliminar outra que muitas vezes é superior tecnicamente e taticamente. Nada é impossível.
Eu realmente espero que o Corinthians tire as lições necessárias dessa classificação desesperadora, e que todos os integrantes do elenco tenham a hombridade necessária para entender que é hora de colocar o objetivo principal acima de qualquer aspiração pessoal.
E VAI CORINTHIANS!
