Luiz Ferreira
O Corinthians é diferente. Diferente de todos os outros. Porque os jogadores que vestem esta camisa vestem também a história. E aprendem logo que chegam ao Parque São Jorge que não entram em campo para jogar futebol, mas para disputar uma guerra. Que não levam sobre o peito apenas uma camiseta, mas a adoração religiosa de mais de 30 milhões que, com orgulho, gostam de serem chamados de sofredores. Que uma vitória não é somente uma vitória, é um apogeu que iguala ricos e pobres, favelados e remediados, bandidos e mocinhos, todos num mesmo e gigantesco sorriso. Uma religião, feita de devotamento e fé. Que se lembra do sangue escorrendo na camisa do Zé Maria há quase 50 anos, que vai se lembrar por outros 50 do Willian querendo seguir jogando com o braço estourado, recusando-se a sair de campo, apesar da dor. Seus ídolos não são Garrincha, Túlio Maravilha, Rivaldo, Dunga, Adriano Imperador, De Leon, Serginho Chulapa, Roger Flores, Alexandre Pato, todos ídolos em outros clubes. Não. Nossa nação não tem ídolos. Tem heróis. Heróis como um Ruço, fazendo um gol de bicicleta no Maracanã em 1976 para 60.000 corinthianos, um Romarinho, um Emerson Sheik, um Wladimir, um Basílio. Hoje, meus amigos, é um dia único para o jogador. Dali ele pode sair para a história ou para o esquecimento. Essa é a diferença do Corinthians.
em Bate-Papo da Torcida > Vitória hoje e não teremos vencedores. Teremos heróis