Meu Timão

Há quem diga que o corintiiano sempre apoia. Há quem condene a cobrança feita a Mano Menezes.

Vale, então, uma explicação. O Corinthians nasceu para ser vencedor. Como diz seu hino, é 'sempre altaneiro'.

Por que o Timão virou um time de massas? E por que tantos outros clubes daquela época simplesmente desapareceram?

Porque o Corinthians logo se tornou VENCEDOR, rompendo o cerco das elites em torno do futebol.

Quando o alvinegro conquistou o título de 1914, encheu de esperança todos os imigrantes discriminados, todos os operários submetidos a condições desumanas de trabalho, todos os estudantes que lutavam para superar as muralhas da ignorância, todos os pequenos comerciantes e prestadores de serviços que lutavam para vencer a pobreza.

Ora, se o time dos carroceiros do Bom Retiro podia vencer o preconceito, a injustiça e a falta de recursos, os cidadãos mais humildes também podiam.

O Corinthians, como símbolo máximo da luta por igualdade, foi sempre uma luz na escuridão dos angustiados, dos esquecidos e dos excluídos.

Não desistimos nunca, como ocorreu no período de jejum, entre 1954 e 1977, mas nunca nos descuidamos de lutar pelo restabelecimento de nossa tradição vencedora.

Assim é o corinthiano, 'o mais brasileiro': ele não se rende, ele não desiste nunca.

Por isso, não é concebível que um técnico de futebol queira, por vontade própria mudar o nosso DNA e instituir aqui um conformismo típico de clubes convencionais.

Este indivíduo recebe R$ 6.500.000,00 anuais, providos pela Fiel torcida. É pago por quem vai aos jogos, por quem compra produtos da marca Corinthians e também por quem assiste aos jogos patrocinados na TV.

Quando Mano 'joga a toalha', como fez em 2009 e novamente agora, em duas coletivas seguidas, acaba por trair a confiança de toda a imensa massa corinthiana.

Mano, recentemente, alegou que os jogadores do Flamengo não o compreendiam.

Agora, somos nós que não o compreendemos. Que história é essa de celebrar 'pontinhos'? Que história é essa celebrar 10 empates na competição?

Não se pode compreender como o time mais caro do Brasil, que nos custa R$ 10.000.000,00 mensais, considere apropriado um empate em casa diante da modesta Chapecoense.

Acorda, Mano! Vai pesquisar nossa história. Se não sabe o que dizer, cale-se e torne-se um poeta.