Caio Gomes
O dicionário Oxford define mediocridade como sendo 'insuficiência de qualidade, valor, mérito; pobreza, banalidade, pequenez.'
É a palavra para definir os últimos 6 anos do Corinthians.
É aquele desequilíbrio: joga bem um jogo e mal nos outros três ou quatro jogos seguintes.
Primeiro tempo temos um lampejo, mas o segundo tempo é protocolar.
No empate, corremos o suficiente para não perder.
Hoje, vivemos de conquistas no feminino (importante), futsal, entre outros. Até nas categorias de base não ganhamos uma Copinha desde 2017. Somos o maior campeão, com 10 títulos.
Desde 2018, é triste acompanhar esse clube.
E digo isso com preocupação que vai para além do futebol: perceberam que a Neo Química Arena tem ficado cada vez menos participativa nos jogos? Já imaginaram uma torcida corinthiana fria como as torcidas alemãs?
Enfim. Ser Corinthians é participar de uma comunidade espalhada por todo país, seja sócio ou não, seja de São Paulo ou não (meu caso), seja rico, seja pobre, seja branco, seja preto, mas que se une geralmente às quartas e domingos para sofrer juntos por uma associação que pouco liga para seus torcedores. Levamos à sério até os jogos do sub-13 contra os rivais, cara. É bom demais torcer para esse clube.
Torço para que o clube não demore para relembrar a grandeza que possui e para que saia dessa lama chamada mediocridade, porque clubes que patinam por muitos anos perdem a força e acabam como a maioria, sem história no futebol. Não podemos deixar isso acontecer.