Jeziel Amaral
Mais um capitulo:
em Bate-Papo da Torcida > Nem libra, nem forte [3] (a trilogia)
Em resposta ao tópico:
Vou encerrar o assunto nesse tópico, eu juro!
Para quem não sabe o assunto começou aqui:
Se extendeu pra esse aqui:
E agora quero fechar essa ideia com uma reflexão, não mais uma ideia do que tem ou não que ser feito.
Pra começar a argumentação eu vou colocar aqui o link de um artigo de 2022, que foi o mais atualizado e completo que achei sobre o assunto.
Não precisa ler se não quiser, vou destacar os pontos importantes no meu texto.
Bom começando vamos falar do porque o Real Madrid e Barcelona não fazem isso com os jogos da LA LIGA.
(Os 2 tem canal de membros no Facebook, com conteúdo exclusivo e alguns jogos ao vivo, amistosos e jogos negociados. O Real além do Facebook investiu também na sua própria plataforma)
A La Liga tem a divisão de direitos da seguinte maneira:
'Entre os direitos da primeira divisão espanhola, a qual cabem 90% do total do dinheiro obtido com a comercialização – 10% vão para os times da segunda –, a repartição ficou assim estabelecida: 50% em partes iguais para todos os clubes, 50% variável.
Na parte variável, mais critérios de divisão: metade do valor é referente à classificação das últimas cinco temporadas (com quantia progressivo a partir do ano mais recente) e a outra metade ao que foi chamado de 'implantação social', uma fórmula que considera audiência na TV e dinheiro de bilheteria.'
Para formular melhor a reflexão, trago também o famoso termo 'espanholização' usado para definir campeonatos onde a disparidade dos mais ricos contra os menores é gritante.
A primeira pergunta que faço, vale a pena para o Real investir nisso já que ele tem um rendimento altamente superior protegido pelas regras deles?
Podemos comparar, nossa própria materialidade daqui com o que acontece na espanha?
Agora vamos falar de Premier League.
'O modelo inglês é um dos mais conhecidos: 50% do valor dos direitos de transmissão são distribuídos de forma igualitária entre as 20 equipes, enquanto a outra metade é dividida de acordo com a posição final dos clubes na temporada anterior (25%) e a audiência que cada um dá para as televisões (outros 25%.
Assim, cria-se uma divisão mais igualitária que ajuda no equilíbrio do campeonato. Na temporada passada, por exemplo, o campeão Manchester City faturou pouco acima de 152 milhões de libras (R$ 967 milhões atualmente), enquanto o último colocado Sheffield United embolsou 97,5 milhões de libras (R$ 620,6 milhões). Ou seja, o time de melhor campanha ganha 1,6 vezes do que o de pior arrecada.'
Será que se o manchester united pudesse fazer, ele não faria uma plataforma de streaming dos própios jogos, já que como a base de torcedores dele é muito maior, ele não arrecada o que realmente merece?
Será que esse modelo seria interessante para o Corinthians? Deixar a disparidade entre todos os clubes ser menor e arrecadar menos que o Red Bull Bragantino se ficar em uma posição menor de tabela?
Para finalizar, a oportunidade que temos em mãos de ter o controle sobre os direitos dos próprios jogos e explora-los da maneira que bem entender, dá pra comparar com clubes que não tem controle sobre isso?
Com qual time do mundo é possível comparar a torcida do Corinthians? Flamengo e Corinthians são as maiores torcidas do mundo e todos nós corintianos sabemos que nossa torcida é MUITO MAIS FANÁTICA.
Fica aí essas questões pra refletir, se quiser, é claro.