Jean Alexandre
Beleza
em Bate-Papo da Torcida > Equilibrando gratidão e renovação: o desafio da gestão esportiva
Em resposta ao tópico:
A gestão do Corinthians tem sido alvo de críticas recorrentes, principalmente no que diz respeito à saída de ídolos do clube. Esta não é uma situação nova; ao contrário, é um padrão que perdura ao longo das diversas diretorias que passaram pela instituição.
É indiscutível a contribuição de jogadores como Cássio, Paulinho e Fagner para a história do clube. No entanto, é doloroso admitir que o tempo desses ícones já passou. Como torcedor, é natural sentir gratidão e resistência à ideia de vê-los partir.
Entretanto, a diretoria não pode permitir que o sentimento de apego influencie suas decisões. É crucial adotar uma abordagem mais racional e pragmática. Não se trata de descartar abruptamente jogadores que foram fundamentais, mas sim de reconhecer quando atingiram seu auge e não podem mais oferecer o mesmo nível de desempenho.
O respeito pela história do clube é essencial, mas também é imprescindível ter um olhar voltado para o futuro. O Corinthians não pode se contentar apenas com glórias passadas; é necessário almejar conquistas ainda maiores.
Cabe à direção do clube ter a sensibilidade e discernimento para identificar quando um jogador não mais se encaixa nos planos e objetivos da instituição.
Um exemplo elucidativo pode ser observado no Real Madrid, que não hesita em dispensar ícones como Cristiano Ronaldo, Casillas, Raúl e Sergio Ramos quando necessário. Se o Real Madrid adotasse uma postura semelhante à dos dirigentes corintianos, dificilmente estaria na posição de destaque que ocupa atualmente, sendo considerado por muitos como o maior clube do mundo.
Além disso, exemplos dentro do próprio país não faltam. Clubes como Palmeiras e Flamengo demonstram uma postura mais assertiva em relação à renovação do elenco. Recentemente, dispensaram jogadores de renome, como Felipe Melo e Everton Ribeiro, mostrando que estão dispostos a priorizar o interesse da instituição acima de qualquer vínculo emocional.
Esta é apenas minha modesta opinião, sujeita a discordâncias e críticas, afinal, vivemos em uma democracia e torcemos para o clube mais democrático do mundo.