Andersom Silva
O cenário era diferente. O clube acabava de ser campeão brasileiro e negociou seis titulares com o exterior – Gil, Ralf, Renato Augusto, Jadson, Malcom e Vagner Love. Jadson e Renato, os mais valorizados, renderam, juntos, R$ 30 milhões ao Corinthians. Gil, sozinho, rendeu outros R$ 32 milhões, já descontando tributos decorrentes da transferência internacional. Assim, o clube pôde gastar R$ 42,8 milhões em cinco contratações: Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto, André, Guilherme e Balbuena. Os quatro últimos foram contratados por meio de pagamentos parcelados. De qualquer maneira, o dinheiro das vendas já não está mais no Corinthians.
Calma! O Corinthians, então, ainda paga por contratações antigas?
Sim, e o procedimento é normal em qualquer clube. Hoje, é raro que uma negociação seja acertada à vista – normalmente, apenas chineses e árabes adotam a prática. No caso do Timão, além de Giovanni, André, Guilherme e Balbuena, ainda há duas parcelas a pagar referentes à chegada de Elias, em 2014. O Sporting, de Portugal, tem dois milhões de euros a receber, e de acordo com a cotação do dia. A desvalorização do real, portanto, aumentou a dívida corintiana com os portugueses.
E o dinheiro da TV? O Corinthians não é quem mais recebe pelas transmissões?
O dinheiro arrecadado com cotas de transmissão da TV normalmente é usado para renegociar dívidas antigas – a maioria tributárias. Mesmo em 2015, quando apresentou R$ 122 milhões no balanço, o dinheiro não foi utilizado para contratações. Normalmente, apenas uma pequena parte desse montante se converte em reforços para o elenco. Patrocínios e bilheteria seriam as maiores fontes de renda nesse sentido.
Cadê o dinheiro da venda do Felipe?
Sabe aqueles valores que normalmente anunciamos nas matérias sobre negociações? Nem toda a grana vai para os cofres do clube. Longe disso. No caso de Felipe, por exemplo: o Timão vendeu 75% dos direitos econômicos dele ao Porto, por cerca de R$ 24 milhões. Deste valor, cerca de 20%, em média, é retido pela Receita Federal, que sempre embolsa porcentagem de transações internacionais. Dessa maneira, o valor cai para R$ 19,2 milhões. A partir daí, é necessário pagar possíveis intermediários e até o próprio jogador. Além disso, o pagamento é parcelado. No caso do Porto, seriam quatro parcelas. Na prática, então, o clube só receberia, em um panorama otimista, menos de R$ 5 milhões no ato da transferência. Insuficiente até para quitar a folha de pagamento mensal do futebol. O lado bom? O clube ainda tem 25% dos direitos de Felipe e pode faturar numa negociação futura.
em Bate-Papo da Torcida > Parem de defender a diretoria
Em resposta ao tópico:
Uma diretoria que vende mais de 15 jogadores em um ano, que cede de graça Edu Dracena e Edílson à rivais, um diretoria que vende jogadores a preço de banana, a única diretoria que não contratou ninguém nesse segundo semestre, uma diretoria que só traz jogadores do Fernando Garcia, que vendeu ótimos jogadores e contratou medianos no lugar, essa diretoria não merece defesa e sim cobrança. Até quando vamos acreditar que não tem dinheiro para reforçar o elenco? Ninguém está pedindo o Messi, e sim que traga jogadores para brigar por Libertadores pelo menos, qnt melhor o time, mais receita, a equação é simples.