Alessandro Oliveira
É possível afirmar que um certo Fernando Carvalho é o personagem do momento.
Depois da argumentação vespertina dessa personalidade, que recomendo que seja visualizada, de tão surreal que foi, o cidadão, tentando 'reparar' o irreparável, afunda-se ainda mais ao tentar justificar o eventual recurso ao tapetão caso o mais que possível rebaixamento de seu time de fato se concretize, falando da conquista nacional do Timão de 2005, na ESPN.
O indivíduo em questão afirma em seu argumento que sua equipe perdeu o título de 2005 no tapetão, tentando novamente jogar com as massas.
Coincidência?
Achei uma pena ver vários jornalistas tão inteligentes e conceituados deixarem passar tal oportunidade de trazer à tona ainda mais considerável luz à natureza dessa outra classe política em nosso país, que são os dirigentes. Concordar que o Internacional perdeu o campeonato de 2005 no tapetão, na minha opinião, é inocência ou, na conversa, foi artimanha, uma vez que entendo que a concordância teria servido como uma espécie de armadilha ao convidado.
O que não entendo é ignorarem a oportunidade de lançar argumentos tais como:
Quer dizer que se houve um esquema de apostas, corrompendo resultados de tantas partidas, o ideal seria deixar pra lá? Não foram as partidas disputadas novamente, ou simplesmente tiraram pontos do Internacional, e somente da equipe gaúcha?
Ah, mas teve o lance do 'pênalti' no Tinga, e aquilo decidiu o campeonato.
Decidiu mesmo? O jogo acabaria depois do pênalti CASO o Inter fizesse o gol, e seria campeão com isso? Jogos mais tarde, na última rodada, com o Inter dependendo somente de si, uma vez que o Corinthians não ganhou seu jogo, ganhou a partida que tinha que ganhar, para, de fato, ser campeão?
Quando usam a hashtag #poenodvd torcedores do Inter não gostam, mas o que esse mesmo senhor fez naquela época, tentou fazer ontem à tarde com o caso da Chape. Momentos diferentes, circunstâncias total e incrivelmente distintas, com um abismo de peso entre elas evidente, mas o comportamento humano de não assumir sua responsabilidade e criar culpados para seus próprios fracassos fica mais uma vez comprovado. A diferença fundamental é que dessa vez o dirigente em questão, talvez pela força do hábito, não tenha se dado ao trabalho de pensar que o tiro poderia sair pela culatra antes de usar de sua 'eloquência', envolvendo uma real tragédia em sua falácia.
Diz o adágio de um certo livro tido como sagrado por muitos: 'até um tolo pode passar por sábio e inteligente se ficar calado.'
Teria nossa personagem perdido mais uma chance, e como todo peixe, ter sido pega pela boca?
Analisando a imagem abaixo:
Podemos chegar à conclusão de que este senhor é:
A) Estúpido;
B) perspicaz, mas sem se importar com a infelicidade de suas argumentações, desde que sua comunicação atenda aos interesses das partes interessadas;
C) apenas humano;
D) um grande mistério;
E) ________________.
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